ATA DA CENTÉSIMA QUINTA SESSÃO ORDINÁRIA DA PRIMEIRA
SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA QUARTA LEGISLATURA, EM 28-11-2005.
Aos vinte e oito dias do mês de novembro do ano de
dois mil e cinco, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho,
a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas, foi realizada a chamada,
sendo respondida pelos Vereadores Carlos Todeschini, Clênia Maranhão, Elói
Guimarães, Ibsen Pinheiro, João Antonio Dib, João Carlos Nedel, Manuela
d'Ávila, Mario Fraga, Maristela Maffei, Maristela Meneghetti, Professor Garcia
e Sebastião Melo. Constatada a existência de quórum, o Senhor Presidente
declarou abertos os trabalhos. Ainda, durante a Sessão, compareceram os
Vereadores Adeli Sell, Alceu Brasinha, Aldacir Oliboni, Almerindo Filho, Carlos
Comassetto, Claudio Sebenelo, Dr. Goulart, Elias Vidal, Ervino Besson, Haroldo
de Souza, José Ismael Heinen, Luiz Braz, Márcio Bins Ely, Margarete Moraes,
Maria Celeste, Maurício Dziedricki, Mônica Leal, Nereu D'Avila, Neuza Canabarro,
Sofia Cavedon e Valdir Caetano. À MESA, foram encaminhados: pelo Vereador Alex
da Banca, o Projeto de Lei do Legislativo nº 310/05 (Processo nº 6771/05); pela
Vereadora Maria Celeste, os Pedidos de Providência nos 2781 e
2782/05 (Processos nos 6808 e 6809/05, respectivamente) e o Projeto
de Lei do Legislativo nº 312/05 (Processo nº 6788/05); pelo Vereador Nereu
D'Avila, o Projeto de Lei do Legislativo nº 313/05 (Processo nº 6817/05); pela
Vereadora Sofia Cavedon, as Emendas nos 01 e 02 à Mensagem Retificativa
nº 01, aposta ao Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 005/05 (Processo
nº 5455/05). Também, foram apregoados os seguintes Ofícios, de autoria do
Senhor Prefeito Municipal de Porto Alegre: de nº 419/05, encaminhando o Projeto
de Lei Complementar do Executivo nº 011/05 (Processo nº 6895/05); de nº 420/05,
encaminhando Mensagem Retificativa ao Projeto de Lei Complementar do Executivo
nº 006/05 (Processo nº 5586/05); de nº 422/05, encaminhando Mensagem
Retificativa ao Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 010/05 (Processo nº
6539/05); de nº 675/05, encaminhando o Projeto de Lei Complementar do Executivo
nº 012/05 (Processo nº 6935/05). Ainda, foram apregoados os seguintes
Requerimentos, deferidos pelo Senhor Presidente: de autoria da Vereadora
Manuela d'Ávila, solicitando votação em destaque para as Emendas nos
04 e 05, apostas ao Substitutivo nº 02 do Projeto de Lei do Legislativo nº
108/03 (Processo nº 2406/03); de autoria da Vereadora Maristela Maffei,
solicitando o desarquivamento do Projeto de Lei do Legislativo nº 079/99
(Processo nº 1916/99). Do EXPEDIENTE, constou o Comunicado nº 185922/05, do
Senhor José Henrique Paim Fernandes, Presidente do Fundo Nacional de
Desenvolvimento da Educação – FNDE. Na ocasião, o Senhor Presidente determinou
a distribuição em avulsos de cópias das Atas da Nonagésima Quarta, Nonagésima
Quinta e Nonagésima Sexta Sessões Ordinárias, que, juntamente com as Atas da
Nonagésima Primeira, Nonagésima Segunda e Nonagésima Terceira Sessões
Ordinárias e da Qüinquagésima Quinta, Qüinquagésima Sexta e Qüinquagésima
Sétima Sessões Solenes, foram aprovadas, constatada a existência de quórum
deliberativo. A seguir, o Senhor Presidente concedeu a palavra, em TRIBUNA
POPULAR, ao Senhor Luiz Antonio Delanni, Presidente da Sociedade Brasileira de
Correções Odonto-Maxilares – SOBRACOM, que apresentou o Programa Respire Bem,
afirmando que essa iniciativa tem por finalidade a diminuição dos casos de
Síndrome do Respirador Bucal no Brasil. Em relação ao assunto, discorreu acerca
dos problemas causados pela respiração bucal e sugeriu medidas para a melhoria
das condições de saúde de crianças, cobrando auxílio dos Poderes Públicos ao
Programa Respire Bem. Na ocasião, nos termos do artigo 206 do Regimento, os
Vereadores João Antonio Dib, Professor Garcia, José Ismael Heinen, Carlos
Todeschini, Manuela d'Ávila, Luiz Braz e Ervino Besson manifestaram-se acerca
do assunto tratado durante a Tribuna Popular. Ainda, o Senhor Presidente informou
que o Senhor Luiz Antonio Delanni enviaria posteriormente, para ser distribuído
aos Senhores Vereadores, material sobre o assunto tratado por Sua Senhoria em
Tribuna Popular. Às quatorze horas e trinta e oito minutos, os trabalhos foram
regimentalmente suspensos, sendo retomados às quatorze horas e quarenta
minutos, constatada a existência de quórum. Em continuidade, foi iniciado o
GRANDE EXPEDIENTE, tendo o Senhor Presidente informado que esse período seria
destinado a assinalar o transcurso do qüinquagésimo aniversário da Federação
Gaúcha de Desportos Aquáticos. Compuseram a MESA: o Vereador Elói Guimarães,
Presidente da Câmara Municipal de Porto Alegre; os Senhores Antonio Carlos
Mariante e Ademar Agostini Francis, respectivamente Presidente e Diretor
Financeiro da Federação Gaúcha de Desportos Aquáticos. Ainda, como extensão da
Mesa, foram registradas as presenças dos Senhores João Guilherme de Souza
Queiroga, Presidente da Federação Universitária Gaúcha de Esporte; Henrique
Lucht, Benemérito do Esporte; e Lélio Soares Araújo, Presidente do Panatlon
Club. Em GRANDE EXPEDIENTE, o Vereador Professor Garcia discorreu acerca da
história da Federação Gaúcha de Desportos Aquáticos, salientando a importância
dessa Federação para a divulgação e a realização de competições de esportes
aquáticos no Rio Grande do Sul. Nesse sentido, destacou a excelência do
trabalho de congregação entre clubes do Estado, desenvolvido por essa
Federação, e elogiou os resultados obtidos por atletas gaúchos em competições
nacionais e internacionais. Após, o Senhor Presidente convidou o Vereador
Professor Garcia para proceder à entrega de Diploma referente ao transcurso do
qüinquagésimo aniversário da Federação Gaúcha de Desportos Aquáticos ao Senhor
Antonio Carlos Mariante, concedendo a palavra a Sua Senhoria, que destacou a
importância da homenagem hoje prestada pela Câmara Municipal de Porto Alegre.
Em prosseguimento, o Vereador Adeli Sell formulou Requerimento verbal, deferido
pelo Senhor Presidente, solicitando o envio de cópias dos pronunciamentos do
Vereador Professor Garcia e do Senhor Antonio Carlos Mariante ao Ministério do
Esporte, ao Ministério da Justiça e à Advocacia-Geral da União. Às quinze horas
e quatro minutos, os trabalhos foram regimentalmente suspensos, sendo retomados
às quinze horas e seis minutos, constatada a existência de quórum. Em GRANDE
EXPEDIENTE, a Vereadora Manuela d'Ávila defendeu o Projeto de Lei do
Legislativo nº 006/05, alegando que mudanças na venda de passagens escolares
para o transporte público de Porto Alegre podem diminuir os níveis de evasão
escolar. Nesse sentido, sugeriu a liberação do uso de passagens escolares em
dias não-letivos e cobrou do Governo Federal o subsídio a combustíveis
utilizados no transporte público, frisando que essas medidas reduziriam o preço
das passagens. Em COMUNICAÇÕES, o Vereador Adeli Sell elogiou o Programa
Municipal de Apoio e Promoção do Esporte, propôs a construção de muros nas
Escolas Municipais de Ensino Fundamental Morro da Cruz e Grande Oriente do Rio
Grande do Sul e requereu mais atenção do Governo Municipal com a orla do Lago
Guaíba. Ainda, criticou o volume de mudanças ocorridas no DMLU e rechaçou a
postura do Senhor Luiz Afonso Senna, Presidente da EPTC, em relação a este
Legislativo. O Vereador Alceu Brasinha teceu considerações acerca da partida de
futebol realizada entre o Clube Náutico Capiberibe e o Grêmio Foot-Ball Porto
Alegrense, enaltecendo o empenho dos atletas gremistas na vitória do clube
gaúcho e comemorando a conquista do Título da Segunda Divisão do Campeonato
Brasileiro. Também, exclamou que o Grêmio deve retomar sua grandeza a partir de
dois mil e seis, aplaudindo o desempenho do Vereador Paulo Odone na Presidência
desse clube. A seguir, o Senhor Presidente cumprimentou o Vereador Paulo Odone,
Presidente do Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense, pela conquista do Título de Campeão
da Segunda Divisão do Campeonato Brasileiro de Futebol Profissional. Em COMUNICAÇÕES,
o Vereador Aldacir Oliboni parabenizou o Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense por
ter se sagrado campeão da Segunda Divisão do Campeonato Brasileiro de Futebol.
Além disso, divulgou as atividades a serem realizadas amanhã pela Comissão de
Saúde e Meio Ambiente, comentando a qualidade dos serviços dos Postos de Saúde
na Zona Leste da Cidade e apelando aos Governos Municipal e Estadual por
medidas que melhorem essa situação. O Vereador Bernardino Vendruscolo repudiou
a decisão do Vaticano de cancelar a apresentação artística da cantora brasileira
Daniela Mercury, retorquindo a posição adotada pela Igreja Católica em relação
ao uso de preservativos como método contraceptivo. Em relação ao assunto,
considerou o Brasil um dos maiores exemplos no combate a doenças sexualmente
transmissíveis, propondo uma Moção de Apoio à cantora Daniela Mercury pelo tratamento
recebido por Sua Senhoria. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o Vereador Ibsen Pinheiro
saudou a vitória do Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense na Segunda Divisão do
Campeonato Brasileiro de Futebol, elogiando atletas desse clube que se
destacaram na campanha deste ano. Nesse sentido, enalteceu o desempenho do Vereador
Paulo Odone na Presidência do Grêmio, sublinhando que Sua Excelência dividiu
sua atenção entre a administração do clube e o exercício da vereança durante
todo o ano de dois mil e cinco. O Vereador Paulo Odone referiu-se à conquista,
pelo Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense, do Campeonato Brasileiro da Segunda
Divisão de Futebol, ressaltando as dificuldades enfrentadas pelo time na última
partida desse torneio. Ainda, traçou um comparativo entre as adversidades do
futebol e situações enfrentadas no cotidiano das pessoas, comentando
manifestações de ex-atletas do Grêmio, as quais demonstraram solidariedade com
o time gaúcho. Na ocasião, o Senhor Presidente comunicou que o Vereador
Bernardino Vendruscolo estará representando externamente este Legislativo em
palestra a ser proferida pelo Senhor Fernando Haddad, Ministro da Educação, na
Universidade Luterana do Brasil – ULBRA, às dezessete horas de hoje. Também,
foi apregoado o Ofício nº 431/05, do Senhor Prefeito Municipal de Porto Alegre,
encaminhando o Projeto de Complementar Lei do Executivo nº 013/05 (Processo nº
6944/05). Em COMUNICAÇÕES, o Vereador Ervino Besson teceu considerações a
respeito dos Campeonatos Brasileiros de Futebol da Primeira e da Segunda
Divisão, parabenizando o trabalho do Vereador Paulo Odone na presidência do
Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense. Também, exaltou homenagem que será realizada
hoje pela Associação Gaúcha de Supermercados à Senhora Santina Zaffari, lendo
reportagem publicada no jornal Zero Hora de hoje sobre Sua Senhoria. O Vereador
João Antonio Dib criticou pronunciamentos de Vereadores que criticaram a
atuação do Prefeito José Fogaça, afirmando que muitos problemas existentes
atualmente em Porto Alegre são decorrentes de gestões anteriores na Prefeitura
Municipal. Nesse sentido, questionou a compra de área no Bairro Jardim
Leopoldina, na gestão do Senhor Tarso Genro e, por outro lado, destacou
aspectos positivos do atual Governo da Cidade. Em PAUTA, Discussão Preliminar,
estiveram: em 2ª Sessão, os Projetos de Lei do Legislativo nos 280 e
301/05, o Projeto de Lei do Executivo nº 031/05, discutido pelos Vereadores
Carlos Todeschini e Carlos Comassetto; em 3ª Sessão, os Projetos de Lei do Legislativo
nos 296 e 232/05, este discutido pelo Vereador José Ismael Heinen, o
Projeto de Lei do Executivo nº 030/05, discutido pelo Vereador Carlos
Todeschini. Também, o Vereador João
Antonio Dib manifestou-se durante o período de Pauta. Na ocasião, o Senhor
Presidente registrou a presença do Senhor João Bosco Vaz, Secretário Municipal
de Esportes Recreação e Lazer. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, a Vereadora Maristela
Maffei pronunciou-se a respeito do Projeto de Resolução nº 145/05, de sua
autoria, que concede o Prêmio Construtora da Paz à Deputada Federal Luci
Choinacki, salientando o envolvimento de Sua Senhoria no movimento em favor da
aposentadoria para as donas-de-casa. Nesse contexto, discorreu acerca da
necessidade de valorização da dona-de-casa como fator de desenvolvimento do
País. Na oportunidade, o Senhor Presidente registrou a presença do Vereador
Ederson Machado dos Santos, do PT, da Câmara Municipal de Viamão – RS. Ainda,
foi apregoado Requerimento de autoria do Vereador Raul Carrion (Processo nº
6781/05), deferido pelo Senhor Presidente, solicitando autorização para
representar externamente esta Casa na Reunião Extraordinária da Concidades e 2ª
Conferência Nacional das Cidades, a ser realizado do dia vinte e nove de
novembro ao dia três de dezembro do corrente, em Brasília – DF. Em COMUNICAÇÃO
DE LÍDER, o Vereador Carlos Todeschini discorreu sobre Projeto de Lei a ser
protocolado por Sua Excelência, relativo a ações integradas de segurança
pública no Município, afirmando que já estão previstos em lei os recursos
necessários à viabilização dessa proposta. Ainda, elogiou a gestão do Presidente
Luiz Inácio Lula da Silva, citando dados da Fundação Getúlio Vargas, referentes
ao crescimento econômico e social observado no País nos últimos anos. A
Vereadora Neuza Canabarro comentou o Requerimento nº 259/05, que solicita a
constituição de Comissão Parlamentar de Inquérito, com a finalidade de apurar
os índices de afastamento de servidores municipais por biometria. Nesse
sentido, salientou ser função deste Legislativo fiscalizar a qualidade dos
serviços oferecidos à população pelo Governo Municipal, destacando que os
trabalhos da Comissão proposta poderiam ser realizados durante o período de
recesso parlamentar. O Vereador João Carlos Nedel analisou o sistema tributário
vigente no País, informando que pesquisas a esse respeito, efetuadas junto à
população, demonstraram desconhecimento acerca da distribuição de impostos nas
esferas municipal, estadual e federal, tendo se observado uma discordância
generalizada com a forma como esses recursos vêm sendo administrados pelos
agentes públicos, bem como uma tendência favorável à implantação do imposto
único. A seguir, foi apregoado o Ofício nº 432/05, do Senhor Prefeito Municipal
de Porto Alegre, encaminhando o Projeto de Lei do Executivo nº 033/05 (Processo
nº 6960/05). Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o Vereador Luiz Braz abordou homenagem
hoje prestada por este Legislativo à Federação Gaúcha de Desportos Aquáticos,
em face do transcurso dos cinqüenta anos dessa instituição. Também, mencionando
dificuldades de patrocínio enfrentadas pelos atletas gaúchos, apoiou a legalização
de jogos de bingo no Município, com a tributação dessa atividade e destinação
de parcela dos recursos arrecadados para financiamento de ações esportivas e
sociais. A Vereadora Manuela d’Ávila relatou debates do Diretório do Partido
Comunista do Brasil, quanto às perspectivas políticas do Rio Grande do Sul e à
constituição de alianças nas eleições de dois mil e seis, avaliando alterações
previstas para esse pleito, resultantes de cláusulas legais atinentes aos
índices de representação partidária. Ainda, criticou a atuação do Senhor
Germano Rigotto no Governo Estadual e registrou ter sido indicada pelo seu
Partido como candidata à Câmara dos Deputados. Após, constatada a existência de
quórum, foi iniciada a ORDEM DO DIA e aprovado Requerimento verbal de autoria
do Vereador Elói Guimarães, solicitando alteração na ordem de apreciação da
matéria constante na Ordem do Dia, conforme definido em reunião realizada hoje
entre a Mesa Diretora e o Colégio de Líderes. A seguir, foram apregoadas as Emendas
nos 04 e 05, de autoria do Vereador Carlos Todeschini, Líder da
Bancada do PT, subscritas pelos Vereadores Adeli Sell, Aldacir Oliboni, Carlos
Comassetto, Margarete Moraes, Maria Celeste e Sofia Cavedon, ao Projeto de Lei
Complementar do Executivo nº 007/05 (Processo nº 5615/05). Na ocasião, o
Vereador Mario Fraga formulou Requerimento verbal, deferido pelo Senhor
Presidente, solicitando fossem distribuídas cópias aos Senhores Vereadores das
Emendas nos 04 e 05, anteriormente apregoadas. Em Discussão Geral e
Votação, foi aprovado o Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 007/05, com
ressalva as Emendas e da Subemenda a ele apostas, por vinte e nove votos SIM,
após ser discutido pelos Vereadores Adeli Sell, Sofia Cavedon e Professor
Garcia e encaminhado à votação pelos Vereadores Sebastião Melo e Carlos
Comassetto, em votação nominal solicitada pelo Vereador Elói Guimarães, tendo
votado os Vereadores Adeli Sell, Alceu Brasinha, Aldacir
Oliboni, Carlos Comassetto, Carlos Todeschini, Claudio Sebenelo, Clênia Maranhão,
Dr. Goulart, Elias Vidal, Ervino Besson, Haroldo de Souza, Ibsen Pinheiro, João
Antonio Dib, João Carlos Nedel, José Ismael Heinen, Luiz Braz, Manuela d'Ávila,
Márcio Bins Ely, Margarete Moraes, Maria Celeste, Mario Fraga, Maristela Meneghetti,
Mônica Leal, Nereu D'Avila, Neuza Canabarro, Professor Garcia, Sebastião Melo,
Sofia Cavedon e Valdir Caetano. Foi aprovada a Emenda nº 01, aposta ao Projeto de
Lei Complementar do Executivo nº 007/05, por vinte e oito votos SIM, em votação
nominal solicitada pelo Vereador Elói Guimarães, tendo votado os Vereadores Adeli
Sell, Alceu Brasinha, Aldacir Oliboni, Carlos Comassetto, Claudio Sebenelo,
Clênia Maranhão, Dr. Goulart, Elias Vidal, Elói Guimarães, Ervino Besson,
Haroldo de Souza, João Antonio Dib, João Carlos Nedel, José Ismael Heinen, Luiz
Braz, Manuela d'Ávila, Márcio Bins Ely, Margarete Moraes, Maria Celeste, Mario
Fraga, Maristela Meneghetti, Mônica Leal, Nereu D'Avila, Neuza Canabarro,
Professor Garcia, Sebastião Melo, Sofia Cavedon e Valdir Caetano. Na ocasião, o Vereador Ibsen
Pinheiro registrou sua intenção de votar favoravelmente à Emenda nº 01 acima
referida. Foram aprovadas a Subemenda nº 01 à Emenda nº 01 e as Emendas nos 02 e 03, apostas ao Projeto de Lei Complementar do
Executivo nº 007/05. Foi rejeitada a Emenda nº 04, aposta ao Projeto de Lei
Complementar do Executivo nº 007/05, por nove votos SIM e dezessete votos NÃO,
em votação nominal solicitada pelo Vereador Elói Guimarães, tendo votado Sim os
Vereadores Adeli Sell, Aldacir Oliboni, Carlos
Comassetto, Haroldo de Souza, Margarete Moraes, Maria Celeste, Maristela
Maffei, Sebastião Melo e Sofia Cavedon e Não os Vereadores Alceu Brasinha,
Claudio Sebenelo, Clênia Maranhão, Elói Guimarães, Ervino Besson, Ibsen
Pinheiro, João Antonio Dib, João Carlos Nedel, José Ismael Heinen, Luiz Braz,
Márcio Bins Ely, Mario Fraga, Mônica Leal, Nereu D'Avila, Neuza Canabarro,
Professor Garcia e Valdir Caetano. Foi aprovada a Emenda nº 05, aposta ao Projeto de
Lei Complementar do Executivo nº 007/05. A seguir, o Vereador Márcio Bins Ely
formulou Requerimento verbal, indeferido pelo Senhor Presidente, solicitando
fosse apregoada Emenda de sua autoria ao Projeto de Lei do Executivo nº 026/05.
Após, foi aprovado Requerimento verbal de autoria do Vereador Elói Guimarães,
solicitando alteração na ordem de apreciação da matéria constante na Ordem do
Dia. Em Votação, esteve o Projeto de Lei do Legislativo nº 145/04, o qual, após
ser encaminhado à votação pelo Vereador Adeli Sell, teve sua votação adiada por
cinco Sessões, a Requerimento, aprovado, de autoria do Vereador Elias Vidal,
Requerimento esse encaminhado à votação pelos Vereadores Elias Vidal, Claudio
Sebenelo e João Antonio Dib. Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado o
Projeto de Lei do Executivo nº 013/04. Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado
o Projeto de Lei do Executivo nº 014/05, por vinte e um votos SIM, em votação
nominal solicitada pelo Vereador Elói Guimarães, tendo votado os Vereadores Adeli
Sell, Alceu Brasinha, Aldacir Oliboni, Claudio Sebenelo, Clênia Maranhão, Elias
Vidal, Elói Guimarães, Ervino Besson, Ibsen Pinheiro, João Antonio Dib, João
Carlos Nedel, José Ismael Heinen, Luiz Braz, Márcio Bins Ely, Maria Celeste, Mario
Fraga, Mônica Leal, Nereu D'Avila, Professor Garcia, Sebastião Melo e Sofia
Cavedon. Às
dezoito horas e vinte e três minutos, o Senhor Presidente informou que nada
mais havia a tratar e declarou encerrados os trabalhos, convocando os Senhores
Vereadores para a Sessão Ordinária da próxima quarta-feira, à hora regimental.
Os trabalhos foram presididos pelos Vereadores Elói Guimarães e Aldacir Oliboni
e secretariados pelos Vereadores Nereu D’Avila e João Carlos Nedel, este como
Secretário “ad hoc”. Do que eu, Nereu D’Avila, 1º Secretário, determinei fosse
lavrada a presente Ata, que, após distribuída em avulsos e aprovada, será
assinada pelos Senhores 1º Secretário e Presidente.
O SR.
PRESIDENTE (Elói Guimarães): Passamos à
O Sr.
Luiz Antonio Delanni, representando a Sociedade Brasileira de Correções Odonto-Maxilares,
Sobracom, está com a palavra, para tratar de assunto relativo à implementação
do Programa Respire Bem, pelo tempo regimental de 10 minutos.
O SR. LUIZ
ANTONIO DELANNI: Boa-tarde a todos. Exmo Sr. Elói Guimarães e
demais Vereadores, estou muito honrado pela oportunidade de estar nesta Casa do
povo. Srs. Vereadores e demais ouvintes, estou aqui para falar sobre um
problema de saúde pública que existe em nossa população Pré-escolar e do Ensino
Fundamental, negligenciada, infelizmente, pelo Poder Público e pela classe
médica.
Quando falamos em cirurgião-dentista sempre
pensamos nos dentes, esquecendo que junto a eles estão as gengivas, os ossos
que os sustentam, as mucosas, a língua, enfim, um complexo aparelho: a nossa
boca.
Imaginem, senhores e senhoras, quando um
profissional que é visto somente como um “trata dentes”, vem falar sobre
respiração. Devem estar pensando que ele é um louco. Pois, senhores, este louco
vai se apresentar. Sou Luiz Antonio Delanni, Presidente da Sociedade Brasileira
de Correção Odonto-Maxilares, a Sobracom. Sou especialista em Ortodontia e
Ortopedia Facial e Ortopedia Funcional dos Maxilares. Estou aqui para falar de
um problema de saúde pública que vem se agravando cada vez mais junto aos
nossos jovens, que é a chamada Síndrome do Respirador Bucal.
Essa Síndrome atinge, no País, mais de 80% de
nossas crianças em idade escolar e pré-escolar. Não sou eu que estou dizendo
isso. A pesquisa foi feita pela faculdade número um de Odontologia do Brasil, a
Universidade de São Paulo.
Senhores, essa Síndrome, que atinge 80% da nossa
população escolar, pode ser diagnosticada e tratada na mais tenra idade. Porém,
as equipes de saúde não o fazem por desconhecimento, por negligência, causando
uma série de problemas de saúde quando essas crianças atingem a idade adulta.
Os senhores devem estar se perguntando: “Mas o que vem a ser este problema?” Essa síndrome nada mais é do que
respirar sempre pela boca, que não é o órgão certo para respirarmos - para isso
Deus nos deu um nariz. Quando respiramos pelo nariz, o ar entra turbinado,
entra limpo, filtrado pelos cílios, é aquecido ou resfriado para que chegue ao
pulmão na temperatura corporal, e todo ele é aproveitado pelo pulmão e pelo
nosso organismo. Quando respiramos pela boca, ele entra sujo, não-turbinado,
não-filtrado, na temperatura ambiente, irritando as vias aéreas superiores e
inferiores, e 30% não chega aos pulmões.
Então os senhores
estarão se perguntando: “E daí, se ele respira do mesmo jeito e só tem um pouco
de ar a menos?” Pensando assim, está completamente errado. Por quê? Porque este
ato de respirar sempre pela boca tem sérias conseqüências para o nosso
organismo. O fato de não respirarmos pelo nariz resultará em problemas de saúde
muito sérios e caros para o indivíduo e também para os cofres públicos. O que
nos leva a respirar pela boca são resfriados constantes, rinites alérgicas,
hipertrofia de adenóides, hipertrofia de amígdalas, pólipos nasais, sinusites,
desvio de septo nasal e hábitos viciosos.
Senhores, todos nós nascemos
respirando pelo nariz, e para que isso amadureça, a criança deve ser amamentada
no seio materno no mínimo um ano, e a partir dos seis meses, receber cada vez
mais alimentos com fibras, que farão o desenvolvimento da respiração nasal e o
amadurecimento da musculatura facial; concomitantemente, as arcadas dentárias
também se desenvolverão e teremos uma harmonia de face, arcada dentária e
respiração.
O advento do leite em
pó e do liquidificador foi uma das primeiras causas do não-desenvolvimento harmônico
da face e das arcadas dentárias.
Rapidamente passarei
aos problemas da Síndrome do Respirador Bucal, começando pela minha área, a
Odontologia. Essa respiração bucal torna o palato ogival, atrésico, profundo,
entortando o septo nasal e dificultando ainda mais a respiração pelo nariz; os
dentes superiores e anteriores são projetados para frente e os posteriores
cruzarão; poucas peças dentárias tocarão na mastigação, fazendo com que o
respirador bucal tenha dificuldade para mastigar, rejeitando assim alimentos
mais sólidos e só comendo alimentos pastosos, e junto com isso tomando muito
líquido. Os lábios perdem a tonicidade, não vedando quando ele deglute, a
língua terá mais força e os músculos faciais, que ficam com pouca tonicidade,
flácidos. A mandíbula ficará cada vez mais retraída, dificultando ainda mais a
respiração nasal. Terá gengivites crônicas, mau hálito, muitas cáries devido ao
ressecamento que se dá pela não-lubrificação feita pela saliva quando
deglutimos. Os lábios estarão sempre ressecados devido à respiração bucal. A
respiração bucal não só se reflete nas arcadas dentárias, nos lábios ou na
face, mas em todo o organismo do ser humano.
A cabeça se projeta
para frente, os ombros e os braços acompanham a cabeça, o pescoço também se
projetará para frente, com isso haverá uma compressão do tórax, dificultando a
expansão pulmonar pelo encurtamento da musculatura intercostal.
Teremos quadros de
lordose, escoliose e cifose na coluna vertebral. Os pés estarão voltados para
fora e afastados, os joelhos mal posicionados; serão pessoas com alterações
pulmonares pela diminuição da mobilidade da caixa torácica, levando a uma
diminuição do volume da corrente de ar, diminuindo as trocas gasosas, reduzindo
a oxigenação; alterações cardio-pulmonares pela compressão do tórax sobre a
área cardíaca, alterando o mecanismo do bombeamento circulatório; problemas de
digestão, incontinência urinária e visceral, enurese noturna (crianças com
bastante idade e que ainda urinam na cama).
Não encontramos
crianças com tamanho e peso normal para a sua respectiva idade: ou são obesos
ou muito magros. O primeiro é ansioso e come muito rápido e alimentos macios
com muito líquido.
O segundo tem medo de
comer e o faz muito devagar.
Possuem sono agitado,
são ansiosos, lentos, têm visão turva, olheiras, alterações psíquicas,
alterações neurológicas, irritabilidade, percepção alterada, hipersonolência
diurna, sono agitado e com pesadelos, não atingem a terceira fase do sono, onde
há maior liberação de hormônios do crescimento; distúrbios de comportamento,
distúrbios de aprendizado escolar, falta de concentração, falta de memória,
dificuldade do desenvolvimento da linguagem, depressão e medo de realizar
tarefas, cansaço rápido devido à falta de oxigênio, dizem que não gostam de
andar de bicicleta, de jogar futebol, de fazer exercício.
Senhores e senhoras,
após essa explanação, que se fazia necessária, venho sugerir e defender que as
escolas municipais, que já têm um ensino de qualidade, passem a se preocupar
com a saúde de seus alunos, colocando nas escolas equipes multidisciplinares
que atuem juntos cirurgiões-dentistas, que conheçam o tratamento da Síndrome do
Respirador Bucal; fonoaudiólogos, fisioterapeutas, otorrinolaringologistas,
imunologistas, nutricionistas que, junto com os professores de Educação
Física das escolas, desenvolvam um trabalho em equipe para tratar os alunos que
tenham Síndrome do Respirador Bucal, evitando que esses doentes repitam o ano,
faltem muito por estar com amigdalites, sinusites, rinites, bronquites, resfriados
constantes e, por desânimo, deixem de freqüentar as aulas. Evitaremos que
cheguem à idade adulta com esses problemas respiratórios, que os levarão à
apnéia noturna, problemas pulmonares e cardíacos.
Senhoras e Senhores Vereadores, o que aconteceu
em nosso País após a criação do SUS em 1996, quando todo o atendimento de saúde
passou para os municípios? O atendimento de saúde passou a ser feito nos postos
de saúde.
Mas existe um porém nessa lei, como sempre que
se faz algum atendimento na área de saúde no nosso País: esqueceram que a
população tem dentes e boca. Deixaram a odontologia de fora. Nossos
legisladores, Ministros, sempre esqueceram que a Saúde começa pela boca,
porque, se queres ter saúde, mastiga bem, fecha bem os teus lábios quando respiras,
e respira pelo nariz.
O desleixo com que os governos encaram a saúde
bucal da nossa população é inconcebível. Vivemos num País em que 29 milhões de
brasileiros nunca tiveram um atendimento odontológico, nem sabem que existe
essa profissão. E, por outro lado, temos, no Brasil, o dobro de profissionais
que a Organização Mundial de Saúde preconiza: um profissional para 1500
habitantes. Aqui no nosso País temos um profissional para 850 habitantes; na
nossa Cidade, há um profissional para 358 habitantes. E mesmo assim, o acesso
da população mais carente é muito inferior à necessidade. Mas voltando a 1996,
quando o SUS foi criado, o que aconteceu? As escolas tinham dentistas e médicos
que atendiam os alunos. Todos eles foram mandados para os postos de saúde, onde
todos nós sabemos, é difícil tirar uma ficha para atendimento. Se houvesse
esses profissionais nas escolas, os alunos seriam atendidos ali mesmo. Por
isso, estou sugerindo a volta desses profissionais para a rede de ensino
ampliada, para fazer um atendimento de qualidade com fonoaudiólogos,
fisioterapeutas, otorrinos, imunologistas, nutricionistas, e tratar esses
alunos na integralidade da saúde, onde não se vê uma boca, um nariz, um pulmão,
um dente, uma amígdala, mas, sim, um ser completo, que deve ser tratado como um
todo e não por partes, onde cada um enxerga um pedaço de um boneco.
Hoje, senhores, não se admite mais tratar o
doente por partes, e sim o indivíduo como um todo.
Senhoras e senhores, reflitam e pensem no futuro
desses jovens ao darmos a eles a oportunidade de serem tratados. Diminuirão as
faltas, as repetências. Os filhos desta Cidade agradecerão daqui a alguns anos
por esta oportunidade dada a eles para que se tratem e, com isso, adquirirem
mais memória, melhora na capacidade de aprendizado, sem dificuldades de
linguagem, sem falta de concentração, sem distúrbios comportamentais.
Quantos atletas, talvez, surgirão, que estão
escondidos por não terem uma oportunidade de respirar, oxigenar o seu corpo e
desenvolver uma atividade esportiva? Eles terão uma concentração maior nas
aulas e, assim, aprenderão com mais facilidade. Quantos desses jovens sairão da
marginalidade? Por quê? Por terem sido, muitas vezes, debochados pelos colegas
ou rechaçados pela turma, devido a todos os problemas dessa doença. Atingidos
psicologicamente, vão procurar nas drogas um consolo, acabando por se
prostituir, traficar e cair no crime, por revolta. E nós o que estamos fazendo
para solucionar isso? Nada?! Muito obrigado. (Palmas.)
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Elói Guimarães): Convidamos o Dr. Luiz Antonio Delanni,
Presidente da Sociedade Brasileira de Correções Odonto-Maxilares, a Sobracom, a
fazer parte da Mesa, e aproveitamos a oportunidade para cumprimentá-lo.
O Ver. João Antonio Dib está com a palavra, nos
termos do art. 206 do Regimento.
O SR. JOÃO
ANTONIO DIB: Sr. Presidente, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores,
meu caro Dr. Luiz Antonio Delanni, Presidente da Sociedade Brasileira de
Correções Odonto-Maxilares - Sobracom, todos nós sabemos da importância de
respirar bem, todos nós sabemos da necessidade de fazer exercícios
respiratórios, mas eu devo confessar a V. Sª que fiquei impressionado com os
dados trazidos ao nosso conhecimento em relação à infância e à juventude, para
que possamos ter jovens mais saudáveis, aprendendo a respirar como se deve
respirar: não pela boca, e sim pelo nariz, oxigenando o corpo, fazendo com que
haja um crescimento mais perfeito, mais bem trabalhado e fazendo com que os
nossos filhos, os nossos netos sejam amanhã homens em perfeitas condições
físicas.
Portanto, esse pronunciamento de V. Sª deveria
ser muito mais divulgado, porque acho que nas escolas não se fala sobre esse
assunto. Acho que a importância do assunto é tão grande que ele tem que ser
repetido aqui, na Comissão de Saúde, à qual eu vou pedir que seja entregue uma
cópia do pronunciamento de V. Sª, para que seus integrantes possam analisar e
dar a sua contribuição, a fim de que as nossas crianças possam ter um futuro
melhor do que têm hoje. Saúde e PAZ!
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Ver.
Professor Garcia está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.
O SR. PROFESSOR GARCIA: Prezado Sr.
Luiz Antonio Delanni, Presidente da Sobracom, o senhor colocou vários pontos. O
primeiro seria a retomada daquilo que já aconteceu há alguns anos: a questão de
as escolas terem os seus dentistas e os seus médicos. Sabemos que, com a
alteração que resultou na universalização do SUS, esse contingente humano ficou
prejudicado, mas ao mesmo tempo sabemos que, muitas e muitas vezes, este ‘ir ao
dentista’ lá na escola serve de visão profilática, fazendo com que esses
adultos possam ter dentes durante toda a sua vida, porque nós somos de uma
geração de desdentados.
O segundo ponto seria a própria questão do
médico, para fazer uma anamnese, porque talvez seja também uma das poucas vezes
em que as crianças conseguiam ir aos médicos.
Fico muito satisfeito - e aqui não fala o
Vereador, mas fala o professor de Educação Física - quando o senhor vem com uma
visão multidisciplinar, colocando dentistas, médicos, fonoaudiólogos,
fisioterapeutas, nutricionistas e profissionais de Educação Física.
Quero dizer que essa questão de vender a imagem
de saúde bucal tem uma visão profilática muito grande, porque nós sabemos hoje
que são milhares e milhares de brasileiros que sofrem de apnéia noturna, para
citar um exemplo, que causa males irreparáveis à população, fazendo-a perder a
sua qualidade de vida. Então, quando surge uma visão profilática isso é muito
importante, só que nós temos ainda que nos convencer de que nós somos um país
da doença e não um país da saúde. Portanto, nós temos que investir cada vez
mais em atitudes como essa, atitudes profiláticas.
Em nome do nosso Partido, o Partido Popular Socialista,
queremos saudar a sua vinda e dizer que isso cada vez mais tem que ser
divulgado, porque esta é a diferença entre ter qualidade de vida ou não.
Parabéns.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Ver. José
Ismael Heinen está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.
O SR. JOSÉ ISMAEL
HEINEN: Sr. Presidente, com muita alegria cumprimento o
Sr. Luiz Antonio Delanni, Presidente da Sociedade Brasileira de Correções
Odonto-Maxilares. Eu quero aproveitar também, Sr. Presidente, para falar da
importância da nossa Tribuna Popular quando são abordados temas dessa natureza.
O que falta para nossa população, hoje, principalmente aos cidadãos de menor
idade, é a divulgação exata e correta dos procedimentos profiláticos, principalmente.
Eu, depois de muito tempo, vim a aprender a fazer uma profilaxia correta da
parte nasal, justamente em cima da temperatura ideal e da limpeza.
O que eu quero dizer
é que, com certeza, se nós conseguirmos levar à população uma cultura correta dessa
visão profilática antecipada, até o fumante será inibido. As pessoas vão pensar
duas, três vezes para fumar, no momento em que elas entenderem a necessidade de
fazer toda essa manutenção sábia para a existência da saúde.
Eu parabenizo V. Sª
por abordar esse tema, e também esta Câmara por ter esta Tribuna Popular, ter
essa audiência para levarmos esse conhecimento e formarmos essa cultura de uma
saúde pré-tratada. Obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Ver. Carlos
Todeschini está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.
O SR. CARLOS TODESCHINI: Sr. Presidente,
Ver. Elói Guimarães, Sr. Luiz Antonio Delanni, Presidente da Sociedade
Brasileira de Correções Odonto-Maxilares - Sobracom, em nome da nossa Bancada,
deste Vereador e do Ver. Adeli Sell, Ver. Aldacir Oliboni, Verª Margarete
Moraes, Verª Maria Celeste, Verª Sofia Cavedon e Ver. Carlos Comassetto, nós o
cumprimentamos por sua vinda à Casa, e também gostaríamos de falar da
importância e da necessidade de encararmos isso como uma necessidade política
principal, porque essa problemática das correções odonto-maxilares é um tema
que diz respeito às correções e às medidas que terão influência durante toda a
vida das pessoas e, fundamentalmente, também dizem respeito às questões da
qualidade de vida. Então, apoiamos essa idéia do retorno da prevenção, da
educação escolar interdisciplinar. Além disso, a questão da saúde bucal também
deve integrar, na nossa opinião, os Programas de Saúde da Família.
E também vemos com alegria que, pela primeira
vez, creio, o Governo Federal está dando o devido destaque e a importância que
merece ser dada ao tema da saúde bucal, incluindo-o nos programas prioritários
do Ministério da Saúde. É evidente que muito ainda tem de ser feito, mas nós
acreditamos que se iniciou uma caminhada, e isso é importante para a saúde da
nossa população e à busca permanente da melhor qualidade de vida. Parabéns,
tenham aqui o nosso apoio.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): A Verª Manuela
d'Ávila está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.
A SRA. MANUELA D'ÁVILA: Sr. Presidente,
Sr. Luiz Antonio, Presidente da Sobracom, eu sou neta de um dentista, portanto
tive a oportunidade que muitos jovens e jovens mulheres brasileiras não têm: a
de conviver desde os primeiros momentos da vida com uma forte dimensão do que é
ter esse tipo de problema. Inclusive, durante toda a minha adolescência usei
aparelho - como convencionamos chamar -, e acho que não existe nenhuma outra
dimensão para se trabalhar com as questões da saúde pública que não seja na
dimensão da formação das novas gerações a partir da própria escola. Eu tenho
convicção de que a escola é um ambiente que deve ser o norte do que queremos
ter para o nosso País.
Eu sou também, acho, de uma primeira geração que
sabe que a questão da saúde bucal não diz respeito apenas à estética das
pessoas, como se pensou durante muitos anos, mas diz respeito à nossa saúde, ao
nosso corpo como um todo, integrado a partir da nossa boca. Poderíamos
levantar, para além da apnéia, a questão do bruxismo, do tratamento com
periodontistas, que também não é trabalhado em nosso País, e nós sabemos da
quantidade de doenças que podemos ter a partir da gengiva ou, se ela é bem
tratada, deixar de ter. Acho que avançamos, sim, quando o senhor vem aqui e
quando passamos a trabalhar com o Governo Federal também, mesmo que ainda de
uma maneira muito inicial, não da maneira como idealizamos e queremos ver, mas
já aceitamos e assumimos um compromisso com essa área da Saúde.
Gostaria também de lembrar que nós temos outros
debates para fazer com relação à saúde bucal, que passam pela alimentação das
nossas crianças, pelo que é permitido que essas crianças comam nas escolas - o
ambiente sagrado da formação -, e o que ensinam a essas crianças sobre a
própria higiene - levantar questões nessa dimensão.
Portanto, os parabéns da Bancada do Partido
Comunista do Brasil, e contem conosco na divulgação, no trabalho, e no que for
necessário para levar essa jornada adiante.
(Não revisado pela oradora.)
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Ver. Luiz
Braz está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.
O SR. LUIZ BRAZ: Sr. Presidente,
quero cumprimentar aqui o Sr. Luiz Antonio Delanni, Presidente da Sociedade
Brasileira de Correções Odonto-Maxilares, é bom que o senhor possa vir aqui,
mas é uma pena que não tenha um material para ser deixado para os Vereadores,
para que nós possamos fazer uma divulgação maior sobre essas técnicas, de tudo
que é necessário para que possamos respirar bem, e também, como representantes
da sociedade - pois vivemos em contato com várias áreas de Porto Alegre -,
difundirmos o que o senhor nos traz como necessário para uma vida melhor.
Eu faço parte - e acredito que algumas pessoas
aqui também fazem parte - de uma época em que nós não tínhamos nenhum
aprendizado nesse sentido, inclusive a própria saúde dental era muito difícil
de ser alcançada e mantida. Agora nós vivemos novos tempos, apesar de vermos
que ainda os Governos andam extremamente relapsos com relação à saúde das
pessoas. A gente vai às vilas populares e esse discurso que a gente ouve, de
que agora o Governo Federal está aplicando isso ou aquilo; a gente não vê nada
disso. Só vemos pessoas se queixando de que precisam de melhor atendimento.
Então é muito bom que o Sr. Delanni possa vir até aqui e, se possível, deixar
algum material para ser distribuído para os Vereadores, para que obtenhamos
algum conhecimento, tanto para nós, Vereadores, quanto para as nossas comunidades,
orientando-as, também, a respeito das técnicas que o senhor traz para o nosso
Plenário.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Ver. Luiz Braz,
o Sr. Luiz Delanni, em conversa com este Presidente, afirmou que vai mandar o
material para a Câmara, e nós vamos distribuí-lo aos Srs. Vereadores e Sras
Vereadoras.
O Ver. Ervino Besson está com a palavra, nos
termos do art. 206 do Regimento.
O SR. ERVINO BESSON: Sr. Presidente,
Srs. Vereadores e Sras Vereadoras, Dr. Luiz Antonio Delanni,
Presidente da Sobracom, em nome da Bancada do PDT, composta por
este Vereador e pelos Vereadores Nereu D'Avila, Mario Fraga, Márcio Bins Ely,
Dr. Goulart e pela Verª Neuza Canabarro, fala também, com muita honra, em nome
da Bancada do PMDB.
Sem dúvida nenhuma,
como já foi dito aqui e eu repito, hoje foi demonstrada, mais uma vez, a grande
importância da vitória que obteve a população ao constituir esta Tribuna
Popular, esses dez minutos de fala para a comunidade.
Foi comentada a
prevenção da doença, o que representa a boca na nossa respiração, e por isso
acho de extrema importância que o senhor mande um material sobre o assunto para
que a gente possa, inclusive, divulgá-lo. E a gente sabe que hoje a nossa
população, muitas vezes, ao procurar recursos para a sua saúde, às vezes, chega
aos locais para tratamento e sai mais doente do que chegou, tal é a situação em
que se encontra a nossa Saúde. E ainda as notícias que estão aí: o Ministério
da Saúde cortou um milhão e 200 mil reais da Saúde. Isso nos entristece.
Portanto, mais uma
vez, em nome da Bancada do PDT, nós queremos saudá-lo e parabenizá-lo por essa
brilhante iniciativa. Muito obrigado.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE
(Elói Guimarães): Como todas as Bancadas já se
manifestaram, resta à Presidência desta Casa agradecer a presença do Dr. Luiz
Antonio Delanni, especialista em Ortodontia, que trouxe um tema extremamente
importante para a Casa, tratando da Síndrome do Respirador Bucal. O Dr. Luiz
vai remeter à Casa todo o material educativo sobre essa matéria.
Portanto, Dr. Luiz,
receba a nossa saudação e o nosso agradecimento por trazer assunto de tal
relevância. Como disse V. Sa. : “A Saúde começa pela boca”.
Estão suspensos os
trabalhos para as despedidas.
(Suspendem-se os trabalhos às 14h38min.)
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães - 14h40min): Estão
reabertos os trabalhos.
Passamos ao
Hoje, este período é destinado a assinalar o
transcurso do 50ª aniversário da Federação Gaúcha de Desportos Aquáticos, nos
termos do Requerimento de autoria do Ver. Professor Garcia.
Convidamos para compor a Mesa o Sr. Antonio
Carlos Mariante, Presidente da Federação Gaúcha de Desportos Aquáticos, e o Sr.
Ademar Agostini Francis, Diretor- Financeiro da Federação Gaúcha de Desportos
Aquáticos.
Como extensão de Mesa, nós queremos registrar a
presença do Sr. João Guilherme de Souza Queiroga, Presidente da Federação
Universitária Gaúcha de Esporte; do Sr. Henrique Lucht, benemérito do Esporte,
e do Sr. Lélio Soares Araújo, Presidente do Panatlon Club.
O Ver. Professor Garcia, proponente desta
homenagem, está com a palavra em Grande Expediente.
O SR. PROFESSOR GARCIA: Sr. Presidente,
Sras Vereadoras e Srs. Vereadores. (Saúda os componentes da Mesa e
demais presentes.) Prezado Presidente Mariante, quero dizer da minha alegria,
nesta tarde, neste Grande Expediente, de poder homenagear a Federação Gaúcha de
Desportos Aquáticos; Federação esta que, no dia 12 de setembro de 2005,
completou 50 anos. Sem sombra de dúvidas, uma das Federações mais organizadas
do Rio Grande do Sul, na qual, a cada ano, o desporto aquático do Rio Grande do
Sul tem crescido.
Cabe sempre ao Vereador-proponente falar um
pouco da história do homenageado, e é em cima disto que vou fazê-lo. A
Federação Gaúcha de Desportos Aquáticos foi fundada em 12 de setembro de 1955,
então com o nome de Federação Gaúcha de Natação; o nome atual se deve a uma
mudança no Estatuto da Entidade, em 1996, para integrar todos os esportes por
ela administrados: natação, pólo aquático, nado sincronizado, saltos
ornamentais e maratonas aquáticas.
Então, para os
senhores verem que, ao longo desses 50 anos, o desporto teve seus altos e
baixos. Hoje, com a elitização do desporto, infelizmente nem todos esses clubes
participam, mas queremos lembrar também que a Federação realiza, em média, 35
competições por ano, em que participam 15 clubes filiados, em média com 700
atletas; 32 clubes másteres, em média de 900 atletas. Quero falar um pouco da
questão dos clubes másteres, pois esse é um novo fenômeno mundial, e a
população tem de estar atenta para a prática desportiva por pessoas de mais
idade, muitos deles até não tendo o componente histórico de serem ex-atletas,
mas começam a competir. Essa questão dos másteres, então, faz com que as
pessoas possam ter uma qualidade de vida, uma vida mais saudável. Também tem
ocorrido o incremento do turismo desportivo, porque, normalmente, nessa faixa
etária, são pessoas que já não têm aquele compromisso diário com o seu regime
de trabalho.
A Federação hoje
também tem 21 clubes não-filiados, com um total de 600 atletas participantes.
Queremos ressaltar, também, que a Federação Gaúcha de Desportos Aquáticos,
conta com o apoio do Megabingo que, através do seu suporte financeiro, tornou
possível uma série de melhorias administrativas e técnicas para os desportos
aquáticos do Rio Grande do Sul. A Federação Gaúcha de Desportos Aquáticos é uma
das poucas federações esportivas que conta com sede própria, adquirida com
verbas oriundas desse patrocínio do Megabingo. Além disso, estas possibilitaram
informatizar todos os clubes filiados, os quais receberam computador com acesso
à Internet para facilitar a comunicação com a Federação e enviar, anualmente,
cerca de quatro seleções para participar de competições nacionais e
internacionais.
Tivemos, Sr.
Presidente, o cuidado de, em poucas palavras, sintetizar esse trabalho
realizado, ao longo desses 50 anos, pela Federação Gaúcha de Desportos
Aquáticos, nome este que eu gostaria de, mais uma vez repetir, porque ainda tem
esse nome - as pessoas ainda a identificam como Federação Gaúcha de Natação.
Então, nós queremos ressaltar que essa alteração - e eu já havia dito isso -
foi em função das várias modalidades esportivas que esta Federação Gaúcha de
Desportos Aquáticos engloba, como natação, pólo aquático, nado sincronizado,
saltos ornamentais e maratonas aquáticas. Inclusive, há duas semanas, dois
atletas do União participaram, no Rio de Janeiro, do nado aberto fazendo a
travessia no mar; os atletas se classificaram em segundo e terceiro lugar. Esse
tipo de competição deve ser incluída nos próximos Jogos Pan-americanos e também
na Olimpíada, mostrando, então, que a questão do desporto aquático está cada
vez mais em ascensão. E um detalhe importante: o que nós tínhamos que ter em
nosso País era uma cultura para entender que a natação, que o nado utilitário,
deveria ser realizado por toda a população, ou seja, saber nadar deveria ser
algo acessível a todo e qualquer ser humano, seja por uma questão de
sobrevivência, seja por uma questão de manutenção de saúde, de qualidade de
vida.
Portanto, Antonio
Carlos Mariante, queremos mais uma vez saudá-lo, desejar que esse trabalho que
tem sido realizado ao longo desses últimos anos em prol da Federação Gaúcha de
Desportos Aquáticos possa dar continuidade e que, a cada ano, nós possamos ver os
atletas - oriundos das diversas modalidades - brilhando, tanto no Rio Grande do
Sul como no Brasil e fora dele. Mas, ao mesmo tempo, oportunizando essa
Competição dos Másteres, e priorizando também essas competições de clubes
não-filiados, porque na medida em que eles se organizam, tenho a certeza de que
vão-se filiar.
Sei também da sua preocupação com a questão da
possibilidade de incluir a natação nas escolas do nosso Município. Então,
parabéns ao senhor e àqueles que trabalham com o Desporto Aquático em nosso
Estado. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Nós convidamos
o Ver. Professor Garcia para proceder à entrega do Diploma alusivo à data
comemorativa ao Sr. Antonio Carlos Mariante, Presidente da Federação Gaúcha de
Desportos Aquáticos.
(Procede-se à entrega do Diploma.)
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Oferecemos a
tribuna para a manifestação do Sr. Antonio Carlos Mariante, Presidente da
Federação Gaúcha dos Desportos Aquáticos.
O SR. ANTONIO CARLOS MARIANTE: Senhoras e
senhores, saudando o nosso Presidente, Ver. Elói Guimarães, saudamos a todos os
Vereadores em nome da Diretoria da Federação Gaúcha dos Desportos Aquáticos,
representado, neste ato, pelo seu Presidente, também homenageado pelos seus
funcionários e pares. Muito nos honra, como Presidente da Federação Gaúcha de
Desportos Aquáticos, esta homenagem da Câmara de Vereadores de Porto Alegre, no
sentido de que dificilmente vemos ações dos pares políticos em relação aos
pares desportivos. Então, muito nos honra essa iniciativa do Ver. Professor
Garcia, no sentido de homenagear os 50 anos de uma Federação que já está, na
realidade, há 116 anos em atividade.
Ela teve o seu nome modificado em 1955 pela
encampação de determinados esportes que estavam desvinculados, tornando-se
Federação Gaúcha de Desportos Aquáticos. Foi muito brilhante o Professor Garcia
quando colocou todas as conquistas em nível de auto-rendimento desta Federação.
Mas o que mais nos orgulha, hoje em dia - e que não podemos deixar de destacar
aqui -, é que graças ao apoio que nós temos do Megabingo podemos dar
continuidade a esses esportes, porque infelizmente o esporte amador não possui
recursos, a não ser os advindos da iniciativa privada. Inclusive, parece que
hoje está para ser votada, aqui, uma Lei de incentivo, pioneira no Estado do
Rio Grande do Sul, e talvez, no Brasil. Então, eu gostaria de pedir a todos os
senhores que tivessem muito carinho ao analisarem essa proposta de lei, porque
o esporte amador, não só a natação, há muitos anos rema “contra a maré”.
O Vereador Professor Garcia foi muito feliz
quando colocou os destaques que nós temos em nosso Estado, como o Guilherme
Hott, o Carlos Pavão, o Guilherme
Bier, atletas que estão levando o nome do Rio Grande do Sul pelo Brasil e para
fora dele. Mas é muito importante salientarmos as iniciativas que nós temos com
a formação de atletas. Nós temos o projeto Novos Talentos, voltado para crianças
carentes, através de uma parceria e com a Federação pagando os instrutores; são
mais de 300 crianças que fazem trimestralmente a natação no Rio Grande do Sul.
A natação não traz somente os benefícios físicos que todos nós sabemos; a
natação envolve muito mais, envolve as questões de higiene com a criança;
envolve as questões de sociabilidade, de disciplina, e isso é fundamental.
Um grande projeto, sobre o qual eu gostaria de
comentar neste momento em que tenho a honra de ter a palavra nesta Câmara de
Vereadores, que há muitos anos foi enviado à Prefeitura Municipal, à Secretaria
de Esportes; temos hoje, na Grande Porto Alegre, 11 centros comunitários;
destes 11 centros comunitários, sete possuem piscinas que são basicamente
usadas no verão nos meses de janeiro e fevereiro e que servem, simplesmente,
para o banho de lazer, para os moradores de regiões carentes de Porto Alegre. O
Projeto é simples: se nós tivéssemos simplesmente o aquecimento das piscinas e
a iluminação dessas piscinas à noite, com certeza, com a parceria da Federação
para acompanharmos a parte técnica, poderíamos colocar duas mil crianças em
cada centro comunitário, somente na natação, que multiplicadas por 700, seriam
14 mil crianças que poderemos tirar das ruas.
É um Projeto simples, barato, um Projeto que, se
o Poder Público e a Federação Gaúcha puderem se envolver, estaremos dando uma
grande oportunidade, principalmente, a essas crianças que estão abandonadas nas
nossas vilas. Estão prontas as instalações, que são do Município, estão nas
mãos da Secretaria Municipal de Esportes. Temos boa-vontade política para o
desenvolvimento do Projeto.
É um Projeto que vai beneficiar 14 mil crianças;
não há projeto desse porte no Brasil, e é uma coisa muito simples.
Aproveitando, mais uma vez este espaço, quero
agradecer a todas aquelas pessoas que, de um modo ou de outro, sempre lutaram
pelo engrandecimento da natação no Rio Grande do Sul, principalmente, os nossos
clubes, que trabalham com tantas dificuldades.
Mais uma vez, eu insisto que procurem, com muito
carinho, olhar essa Lei de Incentivo ao Esporte, porque ela pode ser a salvação
dos clubes, das federações, porque, com ela, levaremos o nome da nossa Cidade,
do nosso Estado para além fronteiras.
Antes de fazermos grandes atletas, temos certeza
de que estaremos fazendo grandes homens em nossa Cidade. Obrigado. (Palmas.)
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Ver. Adeli Sell está com a palavra para um
Requerimento.
O SR. ADELI
SELL (Requerimento): Sr. Presidente, nos termos do nosso Regimento,
requeiro que as falas do Ver. Professor Garcia e do representante da nossa
Federação sejam enviadas, se não houver contraposição, ao Ministério dos
Esportes, ao Ministério da Justiça e à Advocacia-Geral da União. Esses dois últimos,
porque tratam da questão dos bingos, que está em suspeição, e, como houve, nas
duas falas, uma forte inclinação para que se mantenha esse vínculo entre essas
instituições e o esporte, eu sugiro que, se não houver objeção, se mande,
repetindo, para o Ministério do Esporte, Ministério da Justiça e
Advocacia-Geral da União - AGU. Obrigado.
O SR.
PRESIDENTE (Elói Guimarães): Conforme o requerido, Ver. Adeli Sell, não há
objeção em se enviar as falas do Ver. Professor Garcia e do nosso Presidente
aos respectivos Ministérios.
Estamos encerrando esta parte da Sessão, que
prestou uma justa homenagem ao Cinqüentenário de Fundação da Federação Gaúcha
de Desportos Aquáticos, por proposição do Ver. Professor Garcia.
Nós queremos saudar o Presidente Antonio Carlos
Mariante, bem como a todos os presentes, anteriormente citados, que prestigiam
esta homenagem e dizer que, para a Casa, é uma satisfação ter aqui a Federação
que comemora o seu Cinqüentenário, pela sua importância, pela sua história.
O esporte na água é, cientificamente comprovado,
de importância fundamental para o desenvolvimento, para a saúde, independente
do que representa como esporte.
O Presidente Antonio Carlos Mariante trouxe
sugestões no sentido de que o Poder Público possibilite o desenvolvimento do
esporte aquático nos centros de comunidade e outros equipamentos.
Recebam todos a nossa saudação.
Portanto levantamos os trabalhos por dois
minutos para as saudações de praxe. Obrigado.
Estão suspensos os trabalhos.
(Suspendem-se os trabalhos às 15h04min.)
O SR.
PRESIDENTE (Elói Guimarães - 15h06min): Estão reabertos os trabalhos.
A Verª Manuela d'Ávila está com a palavra em Grande Expediente, por transposição de tempo com o Ver. Paulo Odone.
A SRA. MANUELA
D'ÁVILA: Sr.
Presidente, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, eu e o Vereador Paulo
Odone fizemos esta troca há alguns meses. Acredito que se ele soubesse que o
dia de hoje seria de tanta alegria para o seu time, não havia sugerido essa
alteração de datas. Em todo o caso, as mais sinceras saudações coloradas à
felicidade de todos e todas as gremistas e ao Presidente Paulo Odone.
Eu ocupo este tempo no dia de hoje, porque nós
fizemos uma reunião de Mesa e Lideranças, hoje pela manhã, na qual tiramos
alguns Projetos que devem ser votados até o final deste ano, e o Projeto de
minha autoria, que pedi, que negociamos para que fosse incorporado à Pauta, é
um Projeto de extrema relevância para os estudantes e para aqueles que defendem
a educação no nosso Município, que são vários de nós, Vereadores e Vereadoras.
Nós temos alguns problemas - e o Ver. Adeli, que
preside a CECE, tem bem claro isso - com relação à evasão escolar. Nós podemos
trabalhar algumas dimensões de problemas com relação à evasão escolar. Um
deles, o óbvio, e trabalhado por muitas Vereadoras aqui, é a questão da
gravidez na adolescência, que corresponde a 30% das alunas que saem da escola,
hoje, antes de a concluir. Entretanto, o maior problema de evasão escolar em
todo o nosso País diz respeito ao transporte público, ao transporte coletivo,
para se chegar até o estabelecimento de ensino.
Nós temos visto e acompanhado pela televisão uma
série de mobilizações dos estudantes com relação ao aumento de tarifa de
ônibus. Nós sabemos que a questão do valor da tarifa de ônibus não é uma questão
simples de ser encarada, fundamentalmente no que diz respeito a alterações na
esfera federal com relação à planilha de custo dessas empresas. Há uma disputa,
inclusive muito grande, que temos que travar com o Ministério da Fazenda do
nosso Governo Federal com relação ao subsídio para o diesel, que reduziria em grande parte o preço da passagem de ônibus. Mas
existem algumas questões mais simples que podem ser viabilizadas a partir do
nosso Município.
Eu queria trabalhar com esse Projeto em duas
dimensões, Ver. Adeli: a primeira delas é a dimensão de estar presente na sala
de aula. Nós temos a Lei que regulamenta, que pauta a questão do transporte
escolar, que é uma Lei de 1972. Portanto é uma Lei que, embora seja
avançadíssima na sua idealização, é evidente que tem falhas da modernização do
próprio sistema. Uma dessas falhas é que, quando concebemos a Lei de 1972, o
processo de compra da passagem escolar era um processo manual. Então, o
estudante tinha a sua carteirinha e, atrás desta carteira, se marcava um “x”, à
caneta, relativo ao mês que ele já havia comprado passagens. O que acontece?
Acontece que nós temos, hoje, limites fixados não pela Lei, mas pela
regulamentação, que é o limite de 75 passagens, com o mínimo de compra de 50
passagens.
A
outra dimensão deste Projeto é a questão do uso dessas 75 passagens a que os
estudantes têm direito. Nós não concebemos que a educação é algo que se dá
apenas na sala de aula. Esse é um debate que já é superado do ponto de vista
educacional no nosso País. Os professores têm acordo de que a educação não se
dá entre quatro paredes apenas; os estudantes têm essa compreensão.
O
que acontece hoje em Porto Alegre? Se nós perguntarmos para um médico, Ver.
Sebenelo, o que o médico faz, o médico não precisa ter o bisturi na mão para se
dizer médico. O médico pode estar sentado no plenário da Câmara e continuar
sendo médico, não perde a sua condição de agente da saúde do nosso País. O
estudante, quando preenche um formulário, também preenche que é estudante,
porque a sua condição é de ser estudante, o normal é que ele seja estudante. Se
ele está trabalhando, é a realidade, mas não é normal, não é o correto. Os
nossos jovens devem estudar. E nós compreendemos que a atividade cultural, o
lazer aos domingos, o trabalho em grupo nos domingos também faz parte da formação
desses jovens. Ou seja, por que um jovem estudante tem o direito a meio passe e
não pode utilizar esse meio passe a não ser para ir à escola, não pode
utilizá-lo no domingo, no feriado? Se o sujeito que estuda vai fazer um
trabalho na casa dos colegas, não pode usar o meio passe e deixa de fazer o
trabalho. Esse valor do meio passe faz diferença na vida das pessoas.
O Sr. Adeli
Sell: V.
Exª permite um aparte? (Assentimento da oradora.) Verª Manuela, estou
acompanhando o seu raciocínio. V. Exª sabe que eu acompanho essa posição
corretíssima, moderna, que tenta ver a educação como um todo. E nós temos aqui
uma pauta, na Comissão de Educação, Cultura e Esporte, no dia 6, em que vamos
tratar também sobre a questão das carteiras, do passe, mas quero adiantar a V.
Exª que acompanharemos a aprovação deste Projeto.
A SRA. MANUELA
D’ÁVILA: Obrigada,
Ver. Adeli Sell. Eu compreendo que nós, que estudamos, não precisamos estar
numa sala de aula para estudar. Há jovens na nossa Cidade, Srs. Vereadores e Sras
Vereadoras, que não conhecem a Usina do Gasômetro. Ora, quem pode dizer que um
estudante sai bem informado da sua escola, se não conhece um dos lugares mais
lindos da nossa Capital? Quem pode dizer que um estudante, que está no ápice do
seu desenvolvimento, pode sair de uma escola não só tendo sido aprovado com A,
10, 8, 5, 6, 7, se não conhece a nossa Cidade, se não vê a realidade que
tentamos passar para ele a partir dos livros e dos bancos escolares? Portanto é
um Projeto muito simples que altera a maneira como podemos comprar o passe, em
função da modernização do sistema, mas também em função dos avanços
tecnológicos que nos permitem facilitar a vida desses jovens e ao mesmo tempo
permite que sejamos estudantes, assim como os médicos o são durante todos os
momentos, facilitar a nossa condição de estudantes.
Quando estamos num museu, aos domingos, podendo
ver uma linda obra de arte, quando estamos vendo peças gratuitas, e que algumas
vezes o pessoal que trabalha com a cultura questiona - a Verª Margarete Moraes
deve saber disto -, não existe um acesso da juventude, mesmo quando as peças
são gratuitas. Por quê? Porque não tem acesso ao transporte para chegar até lá.
Então, quero dizer que significa muito para a
juventude da nossa Cidade. Quero dizer também que nós temos a responsabilidade
de trazer dois avanços com relação ao meio passe estudantil sem criar nenhuma
isenção a mais, sem criar nenhum custo a mais para a cidade de Porto Alegre e
para os outros usuários do sistema do transporte coletivo. Porque aí também não
é justo. No atual sistema de transporte coletivo do nosso País, sempre quem
“paga o pato” é o consumidor.
Nós vamos lutar para inverter isso, nós vamos
lutar para que o Governo Federal dê subsídios ao diesel e possamos ter mais
transporte coletivo, mais isenções para quem precisa. Mas este nosso Projeto
não diz respeito ao aumento de passagem, porque não aumenta isenção, mas diz
simultaneamente que os nossos jovens poderão ir às aulas, não evadir das escolas após 25 dias de aula, mas também ir ao
teatro, ir ao cinema, fazer seus trabalhos coletivamente aos domingos e
feriados, porque, se os médicos são médicos 24 horas por dia, os estudantes
também o são 24 horas por dia, porque isso é o correto e é para isso que todos
nós lutamos. Muito obrigada.
(Não revisado pela
oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (Elói Guimarães): Encerrado o Grande
Expediente. Passamos às
O Ver. Adeli
Sell está com a palavra em Comunicações.
O SR. ADELI SELL: Meu caro Presidente, colegas Vereadores e Vereadoras, senhoras e
senhores, vou tentar entabular aqui alguns diálogos com a Administração
Municipal de forma respeitosa, como devemos ter entre este Legislativo e o
Governo Municipal, chamando a atenção para algumas questões: hoje votaremos
Projeto de Criação do Fundo de Apoio ao Esporte Municipal; vamos votar a favor
deste Projeto e vamos cobrar do nosso colega Bosco, Verª Clênia, para que não
termine de jeito nenhum as famosas escolinhas nos campos de periferia. Esta é
uma garantia que queremos ter do Sr. Secretário e da Prefeitura.
Quero também dizer que tivemos muitas relações com a Secretaria de
Educação neste semestre - e sou Presidente da Comissão de Educação -, e
queremos aqui, de público, apelar para que se construam finalmente os muros das
Escolas Morro da Cruz e do Grande Oriente, que nos foi prometido há bastante
tempo, pois se trata de um problema de segurança tanto no Morro da Cruz quanto
na Zona Norte da Cidade.
Na área da Cultura, queremos apelar ao nosso Secretário para que cumpra,
Verª Margarete, o calendário - que está atrasadíssimo - do pagamento das
pessoas que participaram do primeiro edital do Funproarte.
Nós queremos fazer com que a Prefeitura atente para algumas questões. Nós
queremos que, por exemplo, na SMIC, se dê uma atenção especial para a orla do
Guaíba, não se deixe Ipanema voltar aos antigos tempos da balbúrdia e da
esculhambação, como não queremos também que o Gasômetro se transforme num
grande “fumódromo”, num grande encontro de bagunça nos finais de semana. Nós
conseguimos fazer substanciais melhorias nesses
lugares e queremos que a Prefeitura tome cuidado e cuide dessa questão.
Nós queremos chamar
atenção para a questão do DMLU, nós achamos que é o diálogo franco e aberto que
resolve o problema de relacionamento da Prefeitura com os seus servidores.
Dia 24, Ver. Dib,
cinco páginas e meia do Diário Oficial de Porto Alegre tratavam de questões do
DMLU. É um tira e bota, muda, não muda, faz isso, faz aquilo, que deixa, sem
dúvida nenhuma, os funcionários como baratas tontas. E é por isso que houve a
manifestação na manhã de hoje.
Nós queremos tentar
dialogar com todas as esferas, como fizemos com a Srª Ângela Baldino, na
sexta-feira, aqui no Cais do Gasômetro, em que ela tomou a brilhante iniciativa
com os sistemas de portos, de fazer a dragagem para que os barcos ali acessem.
Mas o Ver. Beto
Moesch, que é seu colega de Governo, não apenas não lhe deu autorização para
fazer o gradio para proteger as pessoas de caírem - tem uma parte de gradio ao
lado da Usina do Gasômetro -, como inclusive ameaçou entrar na Justiça, porque
não tem licenciamento. Bom, o Governo tem que conversar entre si, tem que
começar a se entender. Os Secretários não podem ficar brigando. E não é a
primeira briga que acontece.
Nós somos uma oposição responsável, que levanta
questões e faz proposições como estou fazendo agora. Eu só lastimo que tenha
uma Secretaria - uma - com a qual é impossível dialogar. Eu achava que era um
problema de má-gestão, Brasinha; eu achava, Bernardino, que era um problema de
incompetência. Mas hoje eu estou vendo que é um problema de caráter. Eu
levantei - e vou dar um exemplo - o problema dos ônibus e da lotação do Morro
Santa Teresa. Dei o número do lotação, dei o numero dos ônibus, mandei 20 e-mails,
em que as pessoas relatavam, minuciosamente, o que houve naqueles ônibus do
Morro Santa Teresa. Ontem, o segundo e-mail que o Secretário me manda, e
eu respondi inclusive ontem, no domingo, para ele. Assim não dá. Ele me
pergunta qual é o número do ônibus, se é um ônibus ou se é um lotação? Convenhamos!
Convenhamos! Um pouquinho de respeito conosco! Como é que os outros
Secretários, por exemplo o Secretário Cassiá, a quem mandei um pedido um dia às
11h e às 16h eu já tinha um retorno. Um retorno positivo. Por que o Secretário
da EPTC faz esse tipo de chacota conosco? É inaceitável! Eu, que achava que era
um problema de gestão, acho que é um problema de caráter, porque os outros
Secretários não são assim. Muito
obrigado.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Ver. Alceu
Brasinha está com a palavra em Comunicações.
O SR. ALCEU BRASINHA: Sr. Presidente,
Ver. Elói Guimarães, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, quero dizer
para vocês que hoje é um dia muito especial para mim, e quero lembrar o que nós
passamos lá em Recife, sábado: foi uma verdadeira tristeza e dor no momento em
que deram o primeiro pênalti contra o Grêmio. E aí vem o atleta de lá, chuta o
pênalti e bate na trave. Mas o segundo pênalti foi terrível, foi a vez de todo
mundo achar que nós não íamos conseguir. E ali, chorando, me ajoelhei e pedi a
Deus que abençoasse o Grêmio, a nação tricolor, a torcida - são milhões de
torcedores -, meu desejo foi o de que orassem naquela hora e pedissem para Deus
olhar por nós! E, graças a Deus, Deus fez um milagre com os nossos atletas e
demonstrou o amor que tem pelo Grêmio! E eu tenho certeza de que Deus é gaúcho
e é gremista! Porque, quanto a isso que aconteceu, só um milagre é que podia
levar a essa grande vitória, a essa conquista que jamais eu vou esquecer! E lá
pelas tantas, eu me encontro ainda com o Deputado Reginaldo Pujol, com o Ver.
Juarez Pinheiro, chorando, abraçados, dizendo: “Brasinha, entrega um abraço
para o Ver. João Antonio Dib”! E eu disse: “Com certeza, estarei entregando”.
Ver. João Antonio Dib, quero lhe dar esse abraço, porque o Ver. Juarez Pinheiro
também é outro gremista que está sempre junto com a massa tricolor! E eu fiquei
tão emocionado de encontrar esses dois gremistas de qualidade, que lhe entrego
esse abraço! E quero dizer, também, que estou muito satisfeito com o Ver.
Haroldo de Souza que, lá dentro do Aeroporto, estava alegrando os torcedores,
narrando o gol, lá mesmo. Todo o mundo chorava, porque o Ver. Haroldo de Souza
nos deu essa alegria. E, dentro do avião, o Ver. Haroldo de Souza mais uma vez
repetiu! Muito obrigado, Ver. Haroldo de Souza!
O Sr. Ervino Besson: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do
orador.) Vereador Brasinha, V. Exª sabe que eu sou colorado, mas pelo carinho
que tenho por V. Exª, um carinho muito especial - V. Exª sabe disso -, quero
dizer, também, ao nosso colega Ver. Paulo Odone que eu torci, ontem, pelo
Grêmio, só pelo respeito que tenho por vocês dois, que são Parlamentares muito
dignos, pelo trabalho que realizam. Portanto, merecidamente, parabéns a V. Exª,
parabéns ao Ver. Paulo Odone, e parabéns a essa nação gremista.
O SR. ALCEU
BRASINHA: Obrigado,
Vereador.
O Sr. Mario
Fraga: V.
Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Brasinha, eu também quero me somar ao seu pronunciamento -
nós somos gremistas e sofremos. Eu acredito que, nesta Casa, há mais gremistas
que colorados e, da minha parte, eu entendo que V. Exª representa o Grêmio
nesta Casa e o representa muito bem. Parabéns a Vossa Excelência.
O SR. ALCEU
BRASINHA: Obrigado,
Vereador. Eu também quero dizer que, agora, nós voltamos para a 1.ª Divisão e,
no próximo ano, vamos ganhar o Brasileirão, vamos retornar para a Libertadores
da América, vamos ganhá-la novamente e vamos chegar na frente. O Grêmio, nesta
hora, soma a força, a energia de todas as torcedoras e torcedores que existem
no Brasil e no mundo todo. Não é verdade, Ver. Todeschini? Vossa Excelência
também é um dos grandes gremistas. Eu o tenho visto sempre nas arquibancadas lá
do Estádio, e também tenho muito orgulho do fato de a Verª Margarete Moraes ser
uma fanática torcedora do Grêmio.
Obrigado, senhoras e senhores. Eu peço perdão a
V. Exas., mas eu acredito que os senhores entendem a emoção que me leva a falar
somente no Grêmio. Eu tenho certeza absoluta de que o Rio Grande do Sul, o Brasil,
a América, o mundo está satisfeito com essa grande vitória do Presidente Paulo
Odone, que está chegando a este Plenário neste momento! Paulo Odone, V. Exª
pode erguer as mãos para o céu porque V. Exª é abençoado por Deus! Eu tenho o
maior orgulho por V. Exª ser o Presidente do Grêmio! Obrigado, Presidente Paulo
Odone! (Palmas.)
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Elói Guimarães): Nós queremos saudar, aqui, o Ver. Paulo Odone,
Presidente do Grêmio, bem como queremos saudar o Ver. Alceu Brasinha pela
manifestação que fez, uma vez que o Grêmio volta a ingressar na 1.ª Divisão.
Também gostaria de dizer que as Taquígrafas da
Casa prestaram uma homenagem ao Grêmio, colocando uma faixa tricolor.
Portanto, Presidente Paulo Odone, receba, em
nome da Casa, em nome da Câmara, todas as homenagens, em razão da brilhante
campanha que V. Exª fez como Presidente do Grêmio, colocando-o no lugar que
sempre deveria estar. Não faz justiça à história do Grêmio ele estar numa
posição subalterna.
(Ver. Paulo Odone é cumprimentado pelos colegas
e posa para fotos.)
O SR.
PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Ver. Aldacir Oliboni está com a palavra em
Comunicações.
O SR. ALDACIR
OLIBONI: Sr.
Presidente, Ver. Elói Guimarães; Srs. Vereadores e Sras Vereadoras,
eu também, como um bom colorado, quero aqui estender os parabéns ao nobre
Presidente do Grêmio, Ver. Paulo Odone, e dizer que agora, com muita alegria,
teremos, no próximo ano, muitos Gre-Nais. Nós, colorados, estávamos com
saudades de ver o Grêmio estar na 1.ª Divisão. Junto com os meus filhos, que
são gremistas, eu fazia uma bela disputa de idéias, em que eu sempre dizia que,
na 2.ª Divisão, eu era gremista e, na 1.ª, colorado. Agora, somos colorados
assumidos, para poder desejar ao Grêmio boa-sorte. Nós não podemos esquecer
que, se não fosse pelas falcatruas do futebol, nós já teríamos sido campeões do
Campeonato Nacional, até porque o Corinthians tem feito uma péssima campanha, e
tivemos um mau exemplo em relação aos juízes de futebol. Nesse sentido, nós, do
Inter, queremos saudar a vinda do Grêmio para a 1.ª Divisão.
Eu queria falar hoje sobre a agenda que nós
teremos amanhã na COSMAM - Comissão de Saúde e Meio Ambiente - que trata sobre
a municipalização da Saúde no Murialdo. Nós temos, na região leste de Porto Alegre,
sete postos de saúde que ainda são do Estado e cinco que são do Município.
Esses sete postos de saúde, sejam eles unidades de saúde ou PSFs, infelizmente
deixam muito a desejar. E mais de 100.000 pessoas dessa região estão com
dificuldade de atendimento médico. Tanto é verdade que a contra-referência que
esses postos de saúde poderiam fazer com os hospitais conveniados na região
praticamente não está existindo, e a população da Região Leste, isto é, da
Grande Partenon, não tem essa agenda imediata do retorno da consulta ou do
exame de que eles, porventura, necessitem. E amanhã, na COSMAM, Comissão de
Saúde e Meio Ambiente, nós estaremos abordando esse assunto com o Conselho
Municipal de Saúde, com o Conselho Distrital da Saúde, com a Secretaria Municipal
de Saúde e com a Secretaria Estadual de Saúde no intuito de tirar, via COSMAM,
Comissão de Saúde e Meio Ambiente desta Casa, um Parecer, ou até mesmo uma
Moção, para apoiar a municipalização. Até porque na Lei Orçamentária do
Município, que está chegando hoje a esta Casa, e que poderá ser votada nesta
semana, nós direcionamos, a pedido da comunidade, à municipalização, destinando
3 milhões para que de fato se concretize a municipalização da Saúde da Região
Leste de Porto Alegre, isto é, da Grande Partenon.
O Sr. Carlos
Comassetto: V.
Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Queria cumprimentá-lo pela
inserção, pela iniciativa e gostaria de dizer que esse problema da Saúde, mesmo
nos locais já municipalizados, continua acontecendo. As filas no Sul e Extremo
Sul continuam. Convidamos todos os Srs. Vereadores para também estarem na
COSMAM, amanhã, para o debate.
O SR. ALDACIR
OLIBONI: Muito
bem, Ver. Comassetto, seja bem-vindo. É nesse sentido que nós vamos demonstrar
claramente, quando teremos posições claras e precisas, que é preciso, sim, não
só debater Saúde, mas propor idéias, sugestões, para resolver o mal pela raiz.
E nós percebemos que a Região Leste, se não for municipalizada, poderá
continuar da forma como está: postos de saúde sucateados, inúmeros, inclusive,
com as portas arrombadas, e uma falta geral de medicamentos em todos eles, sem
contar com a falta de profissionais em Saúde, que às vezes se sentem ameaçados.
Não há políticas públicas de segurança adequadas para que esses trabalhadores
possam ter condições de trabalho e condições para poder, então, atender à
população. É nesse sentido que a gente faz um apelo para que o Governo
Municipal e o Governo Estadual possam ter o entendimento, e a população de
Porto Alegre possa ter na Região Leste e Grande Partenon, a possibilidade
concreta de os cinco postos de saúde da Rede Municipal funcionarem
integralmente e, mais do que isso, os sete postos que são estadualizados. Essa
região que abrange a região do Murialdo tem enormes deficiências, e por isso
nós fazemos este apelo e convidamos também para que a Câmara Municipal de Porto
Alegre, por intermédio dos membros da Comissão, possa amanhã fazer a sua
explanação e colocar a sua posição firme no intuito de nós defendermos a
municipalização da Saúde dessa região e destinar recursos, como está sendo
feito, por Emenda em Lei Orçamentária, para que de fato se concretize essa
idéia que será boa para a Cidade, para Porto Alegre. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Ver. Bernardino Vendruscolo está com a palavra
em Comunicações.
O SR. BERNARDINO VENDRUSCOLO: Sr. Presidente
desta Casa, Ver. Elói Guimarães; Ver. Paulo Odone, nossos cumprimentos pelo
belo trabalho que V. Exª fez junto à nação gremista, venho a esta tribuna para
trazer um tema que é, talvez, muito mais chocante do que vocês possam imaginar,
inclusive não comentei com ninguém sobre o que iria falar hoje, aqui da
tribuna.
Eu tenho uma formação católica, inclusive, há
poucos dias, fizemos aqui uma bela homenagem às Irmãs do Sagrado Coração de
Jesus. Sou católico, sou um homem que gosto de ir à Igreja, muitas vezes visito
as igrejas fora do horário de missa e lá me sinto muito bem, para mim é um
momento de reflexão; rezo. Sou um tanto rebelde também, não deixo de fazer esse
registro em alguns discursos, mas sou católico. Durante esses dias em que
estive fora desta Casa, recebi apoio e solidariedade de muitos colegas e isso
demonstra o quanto somos fraternos, ainda que tenhamos divergências em alguns posicionamentos
políticos, mas cultuamos a fraternidade, e isso ficou confirmado na minha
ausência durante esses últimos oito dias.
O que me chocou, senhoras e senhores, e eu não
imaginava que pudesse um dia vir a esta tribuna e falar sobre esse assunto, foi
a violenta discriminação que o Vaticano fez à nossa brasileira Daniela Mercury.
Quero dizer-lhes que nós precisamos ter coragem, independente de sermos deste
ou daquele segmento religioso, de enfrentar questões como essa, abrirmos o
coração e falarmos aquilo que nós sentimos. O uso de preservativo, no Brasil e
no mundo, tem diminuído a contaminação e a proliferação das doenças. Há, nesta
Casa, Vereadores que são médicos, que sabem muito mais do que este que lhes
fala, o quanto é necessária, importante e irreversível a prática, o uso e a
divulgação constante e permanente do preservativo.
Nós não podemos brincar com a saúde da
população, nós não podemos brincar com aquilo que está aí, que não está parado;
é algo que caminha, pois a cada dia que passa mais pessoas são contaminadas:
são 40 milhões de pessoas infectadas com HIV, o número dobrou nos últimos dez
anos.
O Brasil tem sido um exemplo de combate, porque
aqui o fato é divulgado, nós temos liberdade e têm-se feito campanhas
divulgando a importância do uso de preservativo. Por isso, nós não podemos
admitir o que aconteceu. Eu falo com a maior tranqüilidade, porque sou católico
assumido, mas isso não me dá o direito de me curvar perante uma frase dita pelo
Papa (Lê.): “O Vaticano defende que nada deve impedir a continuidade natural da
vida e, por isso, condena o uso de pílulas anticoncepcionais e preservativo”.
Com todo o respeito, mas nós não podemos mais ir contra o caminho da própria
história. O convite havia sido feito meses atrás, e essa brasileira vinha-se
preparando, é uma brasileira que merece, Sr.
Presidente, o apoio de todos nós, porque é uma daquelas que sempre está
presente para fazer as divulgações da necessidade desse uso do preservativo.
Quero cumprimentar,
especialmente, o Ver. Haroldo de Souza, porque assina comigo uma Moção de Apoio
à Daniela Mercury. Espero que esta Casa se sensibilize e a gente tenha coragem
de enfrentar isso sem querer denegrir este ou aquele segmento religioso, mas
nós temos que assumir uma postura, Sr. Presidente, em defesa da saúde e da
segurança nacional, porque esse é um problema de segurança nacional. Muito
obrigado, Sr. Presidente.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE
(Aldacir Oliboni): O Ver. Ibsen Pinheiro está com a
palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. IBSEN PINHEIRO:
Sr. Presidente, Sras Vereadoras e Srs.
Vereadores, tive o consentimento da minha Bancada, dos Vers. Sebastião Melo,
Haroldo de Souza e Bernardino Vendruscolo, para uma manifestação apolítica,
apartidária, sem sentido, mas de grande conteúdo social e humano. A incumbência
é de saudar aqui a vitória conquistada pelo Grêmio Porto-Alegrense, clube que
honra a nossa Cidade nos campos futebolísticos, especialmente pelas
circunstâncias históricas da forma como obteve o resultado.
Mas quem tem
convivência com o futebol, como o orador que está na tribuna, sabe que por mais
aparentes que sejam os aspectos fortuitos, ocasionais, resultantes da sorte ou
do imponderável, em verdade o futebol é como a vida, o trabalho é a causa do
sucesso. Já alguém disse, com muita graça, que o único lugar em que o sucesso
vem antes do trabalho é no dicionário, na vida é o trabalho que vem antes.
Por isso, Sr.
Presidente, nossa homenagem ao Grêmio Porto-Alegrense, que deve expressar uma
homenagem a algumas individualidades que se destacaram nesse trabalho. Com
muito gosto, o jovem atleta Anderson, autor de um gol magistral, no
momento decisivo, com frieza de veterano; a nossa homenagem ao treinador, Mano
Menezes, que, em meio a imensas dificuldades, montou um time competitivo,
aguerrido, brilhante, quando possível, mas combativo sempre. Esse foi um traço,
um registro, uma marca do trabalho desse treinador.
Sr.
Presidente, é muito fácil identificar heróis à distancia, heróis ingênuos com
os quais nos identificamos tão facilmente; não é fácil identificar o herói
entre os nossos pares, aqueles que conosco convivem e que são iguais a nós por
definição, por estilo de vida, por estrato social. Por isso, é com muito gosto
que eu faço o registro de que o grande comandante dessa excepcional campanha
senta-se entre nós. Esteve entre nós todos os dias deste ano, dividindo-se de
um modo que não se poderia imaginar.
Sr.
Presidente, eu integro a mesma Comissão temática que ele, a Comissão de
Justiça, e sou testemunha presencial da sua presença física e da sua
contribuição constante na apreciação da juridicidade das matérias submetidas ao
nosso exame, como somos testemunhas da sua presença neste Plenário.
Mas eu quero, Sr. Presidente, trazer, se me
permitem, o depoimento de alguém que tem uma vivência semelhante a de Paulo
Odone, desde a juventude metido no futebol. No meu caso, talvez como no dele
também, a falta de talento para o jogo nos remeteu a uma atividade de torcedor,
especialmente o torcedor que assume as responsabilidades da liderança
desportiva. E no momento, Sr. Presidente, em que se vê um tratamento tão
amargo, tão injusto com os dirigentes esportivos, apodados generalizadamente
de “cartolas” de modo pejorativo, é tão gratificante ver que no Rio Grande
homens de espírito amador, de dedicação amadora, movidos pelo viés da paixão,
se entregam a um trabalho social de conteúdo altamente meritório. E aquele que
assumiu o risco, como dizemos na linguagem do futebol, na linguagem popular,
“assumiu a bronca”, num momento em que o seu time vinha marcado por um
resultado amargo. Por isso, Ver. Haroldo de Souza, em nome de nós quatro, faço
esta manifestação, para que um Partido possa se associar a um Clube de Futebol
homenageando toda uma comunidade na figura do seu Presidente, que não vacilou
em assumir essa arriscada dificuldade, sabendo que os maus resultados são, com
grande freqüência, atribuídos a quem dirige, mas é raro que os bons resultados
ultrapassem a chuteira do autor de um gol;
e o gol não nasceria se não
houvesse quem escalasse o seu autor; e o gol
não nasceria se não houvesse quem decidisse, num gabinete discreto, as questões
da vida ou da morte de um grande Clube. Por isso, Sr. Presidente, esta faixa
está no peito de milhões de gremistas e tem o reconhecimento do Rio Grande
inteiro, mas em nenhum peito ela tem mais mérito do que no do Presidente
campeão. Parabéns, Paulo Odone! (Palmas.)
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Aldacir Oliboni): O Ver. Paulo
Odone está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
Cheguei
em Porto Alegre tocado por esse mundo inteiro - não só o Rio Grande, o Brasil -
pela nossa epopéia. A rádio Jovem Pan, hoje, no ar, estava entrevistando e
fazia um hino ao Rio Grande, um hino ao Grêmio, e dizia um dos seus
comentaristas que foi uma lição de existência, de sociologia, meu caro Ver.
Ibsen. No ar, diziam: “Quando alguém estiver numa situação muito adversa, em
que parece que tudo está perdido, que mais nada tem solução, lembre-se do
Grêmio, do jogo do Grêmio com o Náutico, porque, embora se espere que não,
ainda assim há uma fresta, uma luz, e por ali se procura e se acha, o que
parecia que não havia, que é a vitória”.
Foi assim
com o meu Grêmio, o nosso Grêmio. Foi uma alma muito gaúcha. É só assim que eu
vejo o nosso futebol. E me permitam os colorados, incluam assim também a
tradição do Inter. Nunca vi tão grande time, com grandes craques, se não
estivessem junto a raça, o coração e a emoção, o espírito de equipe, a pegada.
O meu Grêmio, às vezes muito deficiente - em situação a ou b, tecnicamente -
soube sempre buscar a superação por outras formas e pela solidariedade. Se os
paulistas me dizem que isso é uma lição de vida, imaginem o que não se tomou de
mim, de orgulho, Brasinha, de loucura e dessa nação tricolor! Pois eu cheguei e
vi as manifestações, ligavam-me do Brasil inteiro. Atletas, ex-atletas do
Grêmio, atletas jogando em outros clubes, todos concentrados, todos
acompanhando o jogo, e todos passaram a torcer pelo Grêmio. Disse o Pit Bull,
ali na concentração do Santos, que estavam todos torcendo pelo Grêmio naqueles
minutos finais; todos. O Danrlei me liga lá de Minas, e assim começou de todo o
mundo: da Argentina, da França.
A gente viu aquela massa nos recebendo do avião,
eu me emocionei com a massa, é claro; o protagonista dessa tarefa hercúlea foi
o torcedor, foi a alma, a paixão tricolor. Pois a gente ouve isso e cada caso
individual relatado é o que arrebenta com o controle. E eu cheguei aqui e
vários depoimentos - agora com o pai do Fraquelli, nosso ilustre economista,
gremista na televisão, cem anos tem o Seu Aleixo Fraquelli, me contou que no
ano passado, no jogo Grêmio e Palmeiras, lá em Pelotas, quando o Grêmio caiu
para a 2.ª Divisão, o seu Aleixo teve um AVC e ficou “fora do ar” por algum
tempo; se recompôs e hoje está em casa, numa cama. Estava com a filha
assistindo o jogo e quando ocorreu o impasse do pênalti, ele ficou com a TV
ligada e a filha estava preocupada. Pois o Seu Aleixo, quando o pênalti é
atacado, diz para a filha: “Se empatar continua assim como nós estamos?” “Não,
o Grêmio ganha”. “E se tomar um gol?”
“O Grêmio perde e cai”. E a filha, notando a tensão dele, liga para o seu
irmão, Fraquelli, e pergunta o que fazer, e que o Fraquelli responde: “desliga
a TV, diz que deu pane”. Ela desligou a TV.
Quero agradecer ao Seu Aleixo e aos milhões de
gremistas que estavam tendo o mesmo sentimento dele com os seus cem anos. Essa
emoção tão forte, capaz de causar um acidente cerebral numa pessoa, é capaz de
dar a maior alegria da vida dele também.
Eu quero agradecer a homenagem que a Câmara
prestou aqui ao Grêmio, não é a mim que o nosso querido Presidente Elói também
prestou, e estou aqui também extremamente comovido com a manifestação da
Bancada do PMDB, posta pela palavra do seu Líder, caro Ibsen Pinheiro. Ibsen
Pinheiro, esse foi um dos depoimentos que eu recebi aqui. Cheguei a Porto
Alegre e não foram nem dois, nem três, nem quatro os telefonemas e as mensagens
pessoais me dizendo: Presidente, o Senhor tem a obrigação de agradecer ao Ver.
Ibsen Pinheiro pelas palavras dele, e alguns nem se lembravam que V. Exª era um
colega aqui, que iríamos nos encontrar nesse Plenário sagrado. Diziam-me: tens
que procurar e telefonar para o Ibsen. Perguntei: o que houve? E me comentaram
de sua fala, a ponto de ex-Presidentes, Conselheiros do Grêmio me relatarem a
fala, e ouvia V. Exª agora, aqui, e quero lhe dizer que a manifestação não é a
este dirigente - sei que é sincera, sei que é a mim -, mas também é a todos os
dirigentes que tiveram essa altura para enxergar o futebol e a seriedade das
emoções com que o futebol lida. E porque tu foste um dirigente com essa
estatura é que tu podes enxergar; e eu posso ter a humildade de aceitar o teu
elogio, sabendo a profundidade e a sinceridade dele. Muito obrigado, irmão, tu
me entendes, até quando a emoção embarga a voz. Muito obrigado a vocês,
gremistas e colorados, que me deram o abraço quente e forte aqui. Quero dizer
para vocês que valeu a pena, não traí em nenhum momento os cidadãos e os
eleitores que me trouxeram para cá. Fiz o que pude para desempenhar aqui o meu
papel e não traí, em nenhum momento, essa emoção tão forte dos gremistas que,
afinal, puseram-me lá também pelo voto popular dos associados, até perdi no
Conselho e fui eleito pela massa.
Acho que consegui, meu caro Sebenelo, fazer o
que você dizia: “Puxa, mas você tem o dom da ambigüidade, estava dando uma
entrevista e te encontro aqui fazendo uma defesa de projeto”.
Muito obrigado pela compreensão que vocês
tiveram, neste ano todo, ajudando-me a contemporizar as duas funções. Muito
obrigado, enfim, por serem gaúchos, como vocês são, muito obrigado pela nossa
Cidade poder bater no peito e dizer: “Aqui, nós levamos a paixão e a emoção a
sério, aqui nós sabemos a dimensão da garra, da superação, do esforço”. Mais do
que isso, do talento, sim, do trabalho, sim, mas da superação emocional, eu
nunca tinha visto isso numa equipe conjunta, como vi neste grupo que está no
Grêmio. Aos dirigentes que estavam comigo, ao Dr. Renato Moreira que está lá,
tem audiência do seu cliente hoje, é advogado, tem de estar lá. Sabe o que é
isso, Ibsen? O nervoso, a tensão que dá, a responsabilidade de uma audiência,
que às vezes dá o destino de uma causa, e não pode nem gozar os loros. E eu
peguei o jovem, Dr. Renato Moreira, para ir lá fazer o que eu não consegui
fazer: atender aqui e o futebol do Grêmio.
Ao Pelaipe e para os outros eu faço outra
homenagem, mas a esta Casa eu quero deixar escrito: muito obrigado mesmo, vocês
entenderam o que a gente buscava lá. Eu quero deixar aqui, do mesmo jeito que
deixei no Grêmio, um pedaço de minha alma, porque eu vibro tanto com os
sentimentos que nós lidamos aqui, quanto com o do futebol, são duas enormes
paixões minhas. Obrigado, Presidente, pela sua tolerância, obrigado Ibsen e ao
PMDB pela sua manifestação, mas obrigado a esta Casa e a todos vocês, meus
colegas e funcionários. Vou lá brindar com as taquígrafas gremistas que são as
mais fanáticas gremistas desta Casa. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Aldacir Oliboni): Antes de chamar
o próximo Vereador inscrito, quero apregoar que o Ver. Bernardino Vendruscolo
está representando esta Casa numa atividade com o Ministério da Educação, na
Ulbra, em Canoas.
Queremos também apregoar o Ofício nº 431
assinado pelo Sr. Prefeito, que encaminha para apreciação da Casa o Projeto de
Lei Complementar do Executivo que dispõe sobre a aprovação e licenciamento de
projetos arquitetônicos para construção ou reciclagem de prédios para escolas
de Educação Infantil, modificando a Lei Complementar nº 284, de 29 de dezembro
de 1992, e a Lei Complementar nº 434, de 1º de dezembro de 1992.
O Ver. Ervino Besson está com a palavra em
Comunicações, por cedência de tempo do Ver. Dr. Goulart.
O SR. ERVINO BESSON:
Sr.
Presidente e Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, senhoras e senhores
que nos acompanham nas galerias e pelo Canal 16 da TVCâmara, eu queria saudar a
todos. Num aparte que me foi concedido pelo meu querido Ver. Brasinha, eu já
tinha elogiado a ele e aos gremistas, principalmente o Presidente do Grêmio,
Paulo Odone. Paulo Odone, eu acho que foram milhares as pessoas que nos
assistem pela TV Câmara que sentiam a emoção na sua voz. E lhe trago um abraço
muito fraterno do meu irmão mais velho, gremista; diz ele: “Ervino, leva o meu
abraço ao meu querido amigo Paulo Odone”. E, hoje, nós poderíamos ter festejado
duas vitórias. Se tivesse lisura dentro dos campos de futebol, o Internacional
seria campeão da 1.ª Divisão. Então, faço esse registro. Todo mundo acompanhou
e viu o que aconteceu nos campos de futebol ao Sport Club Internacional. Mas
domingo tem mais, de repente, quem sabe lá, Ver. Haroldo, aconteça o que
aconteceu lá com o Grêmio, porque se há um clube que merece ser campeão da 1.ª
Divisão é o Sport Club Internacional.
Mas, hoje, tem um acontecimento extremamente
importante aqui para a nossa Porto Alegre, para o nosso Rio Grande do Sul. A
matriarca da família Zaffari, Dona Santina Zaffari, completando 90 anos de
idade, será homenageada, meu caro Ver. Luiz Braz. Se há uma família que tem uma
história neste Rio Grande é a família Zaffari. A amizade que o meu falecido pai
tinha, principalmente com o Sr. João Francisco Zaffari... Ele convidou o pai
para que vendesse aquela propriedade e fosse para Erechim. Por pouco, em vez de
virmos para São Leopoldo, mudaríamos para Erechim.
Fui criado na Linha 23, próximo da Linha 20,
perto da região de Casca, e poucos sabiam onde ficava a Linha 20, somente quem
lá morava, mas quando se falava na Linha dos Zaffari, todos sabiam.
Portanto, essa família marcou a história de
forma positiva.
Sobre a matriarca, a Dona Santina, a Zero Hora
faz uma bela reportagem. Ela é devota de Nossa Senhora das Graças. Foi sempre
muito católica. A família sempre teve uma dedicação muito profunda às pessoas
mais necessitadas.
Vou ler um trecho da Zero Hora (Lê.): “A
conferência tradicional é feita pela matriarca da família, Santina De Carli
Zaffari. Fundadora com o marido, José Francisco Zaffari, da quinta maior rede
de supermercados do País - e única entre as cinco primeiras a manter uma gestão
completamente familiar -, Santina é a homenageada especial hoje do Carrinho da
Agas, principal premiação do segmento do Estado”.
Portanto, Santina merece esse reconhecimento.
Uma mulher que teve 11 filhos, extraordinária liderança, extraordinário
trabalho e uma extraordinária dedicação. E, hoje, recebe essa extraordinária
homenagem.
Faço este registro em nome da Bancada do PDT, e
agradeço ao Ver. Dr. Goulart por ter-me cedido seu tempo no período de Comunicações.
A Srª Santina De Carli Zaffari é uma prova viva
daquilo que sempre digo: temos de acrescentar vida aos nossos anos, e não anos à nossa vida; não adianta vivermos por viver, temos que ter
qualidade de vida... É o que ela sempre pregou.
Portanto, nossa
querida homenageada no dia de hoje, Srª Santina Zaffari, que Deus a ilumine por
mais muitos anos de sua vida, pela sua trajetória, por tudo o que a senhora
representou nestes 90 anos, e tenho a certeza de que continuará representando,
com seu talento, com sua dedicação, com seu grande amor ao próximo. Fica aqui o
nosso abraço, e o pedido de que o “nosso velhinho lá em cima” sempre acompanhe
os seus passos. Nós, Vereadores, nossa querida Porto Alegre e o nosso querido
Rio Grande agradecemos por tudo. Muito obrigado.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE
(Aldacir Oliboni): O Ver. João Antonio
Dib está com a palavra em Comunicações.
O SR. JOÃO ANTONIO
DIB: Sr. Presidente, Sras Vereadoras, Srs.
Vereadores, tenho ouvido aqui da oposição alguns discursos que me chamam a
atenção, pretendendo que o atual Prefeito José Fogaça resolva todos os
problemas desta Cidade que não foram resolvidos ao longo de 16 anos. Esquecem
eles a herança maldita que deixaram para o atual dirigente do Município.
Muitas vezes falei,
nas Legislaturas anteriores, desde quando S. Exª, o Dr. Tarso Fernando Genro
comprou o Jardim Leopoldina, que ele havia comprado pelo dobro do preço, que o
negócio foi muito bom, porque a empresa conseguiu justiça e saiu fora de um
problema que tinha; a Caixa Econômica resolveu seu problema, mas algumas
pessoas da Prefeitura também resolveram seus problemas.
Já que estamos num
momento em que se fala de coisas irregulares neste País, uma irregularidade
imensa foi essa compra, pelo dobro do preço: valia 0,6 CUB o metro quadrado, e
a Prefeitura pagou 1,2.
Eu fiz um Pedido de
Informações ao Prefeito sobre esse malfadado negócio do Jardim Leopoldina, e as
respostas que tenho me deixaram mais e mais preocupado. A Prefeitura, desde a
assinatura do contrato, entregou à Caixa Econômica Federal 29 milhões e 72 mil
reais; o contrato, na época, foi assinado por 27 milhões e 678 mil. Eu me
lembro até que houve um aditamento para chegar a esse valor; na verdade, ele
valia 13 milhões e 800 mil. O DEMHAB recebeu ao longo do tempo dos
prestamistas, dos mutuários, 7 milhões e 256 mil. Portanto, desembolsou quase
22 milhões de reais dos cofres da Administração Centralizada, eis que o DEMHAB
só vive às custas da Prefeitura, da Administração Centralizada. Ele não é
auto-sustentável, mas eu não estou culpando os mutuários, os mutuários tiveram
sérios problemas com prestações para comprar apartamentos de classe muito mais
valiosa do que aquela que compraram. Era uma obra inacabada de nível de
construção que não era de primeira categoria. E, agora, o Diretor Nelcir
Tessaro está chamando os mutuários para repactuar as suas dívidas, já que não
há como os munícipes pagarem aquelas prestações que hoje passam dos mil reais,
e eles vão pagar a partir de 300 reais; um salário mínimo.
Esta é uma Administração justa, uma
Administração equilibrada, que está arcando com o ônus de um outro, em que
houve benefício para algumas pessoas, sim, da Administração do Dr. Tarso
Fernando Genro; houve, eu não tenho nenhuma dúvida e, agora, o atual Prefeito
paga. Assim como ele pagou, em janeiro deste ano, uma dívida que tinha três
anos de atraso com o BID, de 5 milhões de dólares. Cinco milhões de dólares que
deveriam ter sido pagos no ano de 2002 foram pagos pelo Prefeito Fogaça agora
em 2005, em janeiro. Por isso ele foi a Washington mostrar que a Prefeitura é
séria, que a Prefeitura, agora, está num padrão de recuperação, e que vai fazer
novos empréstimos para projetos de recuperação do nosso querido rio Guaíba. Por outro lado, os discursos que eu ouço me impressionam.
Esquecem os Vereadores do PT que o Prefeito João Verle usou os 40 milhões de
reais recolhidos com o IPTU de 2005 - que ele recolheu em dezembro e que não
entraram nos cofres da Administração Fogaça - no final da sua administração;
ele é uma pessoa correta, digna, de quem eu gosto muito, mas que deixou uma
série de contas que não foram pagas, uma série de gastos que nem foram
empenhados, mas que foram realizados. Estas coisas os nobres Vereadores
esquecem quando fazem as suas agressões ao Prefeito que aí está, e que passados
11 meses da sua administração ainda não conseguiu colocar em ordem tudo que
estava errado na Prefeitura.
Mas já temos um
Orçamento que se propõe equilibrado, mas não o será porque vai apresentar uma
Receita de Capital irrealizável em função dos últimos 16 anos. Neste ano, as
Receitas de Capital, para que o Orçamento fosse equilibrado, eram na ordem de
300 milhões de reais; ele vai realizar uns 40 milhões, vão faltar 260 milhões
de reais. No Orçamento para 2005 estão apenas 70 e poucos milhões de reais como
Receita de Capital que se realizarão, sim, porque a Prefeitura tem seriedade na
sua proposta Orçamentária. É por isso que eu entendo alguns discursos que são
feitos, e que são extremamente agressivos sem nenhuma razão. Mas, de qualquer
forma, os números estão aqui, podem ser contestados, se desejarem, mas números
são corretos, números são bem colocados e o Jardim Leopoldina foi comprado pelo
dobro do preço para gáudio de alguns integrantes da Administração do Dr. Tarso
Fernando Genro. Saúde e PAZ!
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE
(Aldacir Oliboni): Encerramos o período
de Comunicações. Passamos à
PAUTA - DISCUSSÃO PRELIMINAR
(05 oradores/05 minutos/com aparte)
2.ª SESSÃO
PROC.
N. 5927/05 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 280/05, de autoria do Ver. Alceu Brasinha, que
concede o título honorífico de Cidadão de Porto Alegre ao Médico Oftalmologista
Joaquim José Xavier.
PROC.
N. 6654/05 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 301/05, de autoria do Ver. Elias Vidal, que
concede o título honorífico de Cidadão de Porto Alegre ao Senhor Sylas Souza
Silveira.
PROC.
N. 6765/05 - PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO N. 031/05, que altera a Lei 9.329/2003 que institui a Contribuição para
o Custeio do Serviço de Iluminação Pública (CIP) e dá outras providências. Com
Emenda n. 01.
3.ª SESSÃO
PROC.
N. 4814/05 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 232/05, de autoria do Ver. Márcio Bins Ely, que
torna obrigatória, de forma clara e destacada, a divulgação do prazo de
validade das mercadorias dos gêneros alimentício, farmacêutico ou higiênico,
quando forem objetos de oferta através de promoções.
PROC.
N. 6368/05 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 296/05, de autoria dos Vereadores Aldacir
Oliboni, Adeli Sell e João
Carlos Nedel, que denomina “Passarela da PUCRS” a passarela de pedestres
edificada sobre a Avenida Ipiranga, localizada em frente ao número 6681,
ligando o Campus da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul ao
Hospital São Lucas, no Bairro Partenon.
PROC.
N. 6699/05 - PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO N. 030/05, que institui Área de Interesse Social na
categoria de AEIS I para fins de regularização da ocupação denominada de
Chácara das Bananeiras e estabelece regime urbanístico para a mesma.
O SR. PRESIDENTE (Aldacir
Oliboni): O Ver. João Antonio Dib está com a palavra para
discutir a Pauta.
O SR. JOÃO ANTONIO
DIB: Sr. Presidente, Sras Vereadoras, Srs.
Vereadores hoje nós só temos Projetos em 2ª e 3ª Sessão de Pauta, e são seis
Projetos. Como eu desejo que nós possamos entrar imediatamente na Ordem do Dia,
eu fico por aqui mesmo, sem fazer a análise dos Projetos que, com exceção de um
do Executivo, parecem não ter importância maior e nem urgência. Saúde e Paz!
O SR. PRESIDENTE
(Aldacir Oliboni): O Ver. José Ismael
Heinen está com a palavra para discutir a Pauta.
O SR. JOSÉ ISMAEL HEINEN: Exmo Sr. Presidente, Ver. Aldacir Oliboni; nobres Vereadores, nobres
Vereadoras. Quero cumprimentar o Secretário de Esportes, João Bosco Vaz, que se
encontra presente.
Dentre os Projetos em
Pauta, saliento o do nobre colega Márcio Bins Ely, do PDT, que acho sumamente
interessante, porque normalmente as empresas, o comércio e as indústrias,
colocam naquelas cestas de promoções, produtos que não são vencidos, porque a
lei não permite, mas que estão com a sua data de validade em vias de vencer.
Ele diz que devem ser colocados de forma obrigatória, clara e destacada esses
produtos para venda através de promoções, para que o contribuinte,
principalmente o mais humilde, não se sinta lesado e, principalmente, em se
tratando de medicamentos, não se sinta, também, com a sua saúde prejudicada.
Então, eu vejo que é um Projeto altamente meritório. Quero dar os parabéns ao
digno colega e, com certeza, terá o meu apoio, se necessário for, para a
aprovação desse Projeto.
Aproveitando a
exigüidade do tempo, encerro aqui, Sr. Presidente, porque nós temos coisas
importantes para tratar no dia de hoje. Muito obrigado.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE
(Aldacir Oliboni): Nós temos o Projeto
Proesporte, que será votado hoje, motivo pelo qual temos a presença do
Secretário de Esportes, João Bosco Vaz. Seja bem-vindo, nobre Secretário e
sempre Vereador.
O Ver. Sebastião Melo
está com a palavra para discutir a Pauta. (Pausa.) Desiste. A Verª Clênia
Maranhão está com a palavra para discutir a Pauta. (Pausa.) Ausente. O Ver.
Carlos Todeschini está com a palavra para discutir a Pauta.
O SR. CARLOS
TODESCHINI: Vereador Aldacir Oliboni, Sras
Vereadoras e Srs. Vereadores, público presente e assistência do Canal 16. Em
Pauta, hoje, o Projeto do Executivo - PLE nº 030/05 - que institui Área de
Interesse Social na categoria AEIS I para fins de regularização da ocupação
denominada de Chácara das Bananeiras, e que estabelece o regime urbanístico
para a mesma. Essa é uma questão importante...
(Manifestações nas
galerias.)
O SR. PRESIDENTE
(Aldacir Oliboni): Suspendo a fala do
Ver. Todeschini para que se restabeleça a ordem nas galerias.
Solicito
ao nobre Ver. Carlos Todeschini que prossiga com a sua manifestação, ao mesmo
tempo peço às galerias que fiquem à vontade, acompanhando a Sessão no dia de
hoje.
O SR. CARLOS
TODESCHINI: Saudação aos manifestantes, como já havia feito
anteriormente em nome da nossa Bancada, à luta pela aposentadoria das donas-de-casa,
por ser uma luta absolutamente justa e que tem o nosso apoio; saudação à Verª
Maristela e a todas as manifestantes. Afinal, no Brasil, milhões de
donas-de-casa são pais e mães de família, sustentam os seus filhos, sustentam a
casa e as contas da família, e nada mais justo que obtenham o reconhecimento,
com garantias de dignidade, no momento em que já muitas das forças não existem,
no momento do justo descanso, do justo gozo da vida.
Mas eu vim aqui para
discutir os Projetos, e citava o PLE nº 030/05, que institui Área de Interesse
Social na categoria de AEIS I para fins de regularização da ocupação denominada
Chácara das Bananeiras e estabelece um regime urbanístico para a mesma.
Essa é aquela região nas proximidades do
Presídio Central e que, de fato, carece de um regime para que as pessoas tenham
uma expectativa quanto à titularidade e à regularização das áreas, pois é
inconcebível que elas permaneçam assim por um tempo bastante longo. São áreas
basicamente da Brigada Militar, do Corpo de Bombeiros, área da Susepe, ligadas
à situação do Presídio. E a grande maioria dos residentes daquela área são
brigadianos, ex-brigadianos ou familiares de brigadianos, que precisam de uma
segurança quanto ao futuro.
Então, este Projeto é necessário, é bem-vindo e
terá o nosso apoio.
Também quero falar da Lei que institui a
Contribuição para o Custeio do Serviço de Iluminação Pública e dá outras
providências, com o PLE nº 031/05. Eu sou
a favor da Taxa de Iluminação Pública, porque ela é importante e necessária, e
vem ajudar a dar sustentabilidade à municipalidade e às finanças públicas.
Mas eu venho aqui numa posição de coerência, que
não é o que está acontecendo com o atual Governo. Sempre que vínhamos aqui, o
atual Secretário nos atacava descontroladamente. Eu tenho isso gravado em
vídeo, em CD e posso mostrar para todos os Vereadores aquilo que dizia, à
época, o Ver. Cassiá Carpes, atual Secretário da SMOV, manifestando-se
contrário à Taxa de Iluminação Pública. É preciso ter coerência. Aquilo que se
dizia ontem, é preciso que seja feito hoje, senão não passa de discurso
leviano, oportunista e de conveniência. Assim como, por muitas vezes, foi
tirada a possibilidade da justa cobrança dos tributos, especialmente dos
privilegiados, como é o caso dos parques de estacionamento, das garagens, que
por esta Casa, foi suspensa, foi dada a não-possibilidade de pagamento. Agora
esse mesmo Governo cobra 11 milhões de reais, que não puderam ser cobrados no
ano passado, graças à ação da Bancada governista.
Então, quero dizer que estamos aqui para falar
de coerência, de seriedade, de responsabilidade. Somos oposição, sim, mas
apoiamos as medidas que temos de apoiar, não as demagogias, não o discurso
fácil, não o oportunismo de conveniência. Os mesmos que hoje querem fazer a cobrança
impediram que o Governo anterior pudesse arrecadar essa Taxa de Iluminação
Pública, que é importante, sim, para o equacionamento das contas para com a
Companhia Estadual de Energia Elétrica.
Então, Sras. Vereadoras, Srs. Vereadores,
público presente, a situação das finanças públicas sempre é uma situação
delicada, ainda mais no Estado brasileiro, onde as necessidades são muito
maiores do que as possibilidades. Isso é permanente, graças ao grau de atraso,
graças ao grau de desmonte, graças às políticas de privilégios das elites.
Portanto estamos sendo coerentes, sim, com a
justeza desta Taxa. Agora, o que nós não podemos é deixar de cobrar coerência
daqueles que sempre quiseram impedir que pudéssemos equilibrar melhor as
contas.
E aí vem o Ver. João Dib e fala de gestão
desastrosa, o que não é verdade; é absolutamente o contrário. Foi em Porto
Alegre que se conseguiu os melhores, os mais justos índices, e um equilíbrio
das finanças públicas, e onde as políticas conseguiram assentar-se com mais
propriedade, com mais equilíbrio, com maior justiça, inclusive alargando os
espaços da participação popular e da democracia para bem fazer a comunidade.
A população resolveu mudar? Olha, isso é parte
do processo democrático, e acreditamos que isso será algo muito passageiro e
muito breve. Por isso estamos aqui, para expor o nosso ponto de vista e manter
a nossa coerência de cabeça erguida. Obrigado pela atenção.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Aldacir Oliboni): A Verª Maristela Maffei está com a palavra para
uma Comunicação de Líder.
A SRA.
MARISTELA MAFFEI: Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, senhoras e
senhores, Sr. Presidente, companheiro Aldacir Oliboni, em primeiro lugar, quero
dizer que hoje é um dia muito especial,
de uma luta muito intensa. Aliás, hoje, estamos tendo dois momentos especiais
em Porto Alegre, porque nós temos, também, lá na Assembléia Legislativa, na
Comissão de Direitos Humanos, a presença da autora do Projeto, a Deputada
Federal Luci Choinacki, a quem queremos abraçar com muito carinho, porque é uma
grande guerreira frente à luta da aposentadoria da dona-de-casa, que iniciou
essa luta. E não é por nada, Ver. Carlos Todeschini, Líder da Bancada do PT,
Verª Margarete Moraes, minha companheira, que nós hoje protocolamos nesta Casa,
para o ano que vem, um Projeto de Resolução que concede o Prêmio Construtora da
Paz à Dep.ª Federal Luci Choinacki.
O que é que isso significa? Significa que a luta é
muito maior quando a dimensão que nós queremos atingir é daquelas pessoas que
realmente precisam, Ver. Cláudio Sebenelo, que também foi uma das pessoas que
assinou aqui uma parte do abaixo-assinado que conseguimos vencer, no primeiro
momento, para aprovação da aposentadoria da dona-de-casa.
Eu quero
fazer um registro muito especial aqui aos Vereadores que puderem estar, neste
momento, e que, com certeza, vão se agregar a essa Frente Parlamentar
Suprapartidária em prol da regulamentação. Agora é outro momento, é a luta pela
regulamentação.
Nós estivemos presente
nesse Ato, o que nos deu muita alegria. O Gabinete do Dep. Estadual Heitor
Schuch, o Gabinete da Depª Jussara Cony, estivemos lá, a Verª Manuela d’Ávila,
do PCdoB, que nos encheu de alegria; tivemos a Verª Mônica Leal, a Verª Neuza
Canabarro, os Vereadores do Partido dos Trabalhadores: Ver. Dedo, que é
Vice-Presidente da Câmara de Vereadores de Viamão; tivemos a presença do Ver.
Serginho, do PT de Alvorada; tivemos uma rápida passada do Ver. Adeli Sell, que
também veio nos apoiar; a presença da grande Verª Irani, de Butiá, da nossa região
carbonífera; tivemos a presença da Líder do PSB, de Gravataí, Verª Anabel; e
tivemos a representação da comunidade, como os movimentos dos clubes de mães do
Estado do Rio Grande do Sul. Tivemos a presença do Movimento de Mulheres
Trabalhadoras Urbanas; das comunidades como a da Lomba do Pinheiro - e não
poderia ser diferente -; tivemos a presença da nossa querida Julinha, lá do
Vale do Sol, que está aqui presente junto conosco; o pessoal do Morro da Cruz;
o pessoal da Zona Sul; o pessoal do Entrada da Cidade, lá da Vila Pampa; a presença do
nosso Deputado Federal, Beto Albuquerque, que nos prestigiou.
Estávamos, Sr. Presidente, com a casa cheia,
assim como está o nosso coração, pois a nossa luta não é uma luta individual;
essa luta, agora, significa nós fazermos um grande embate, um grande debate com
a sociedade no que diz respeito à questão do mercado de trabalho.
Quando se pergunta para uma mulher empobrecida o
que ela faz, e ela responde que não faz nada, que é apenas uma dona-de-casa,
isso nos cala muito fundo. Se nós fizermos a conta, se nós somarmos o serviço
de lavadeira, cozinheira, enfermeira, faxineira, de cuidar dos filhos, nós
veremos que essa mulher faz um pouco de tudo, e nós veremos o quanto o País
economiza com a força de trabalho dessa mulher. Mas, no final da vida, essa
mulher não tem esse trabalho reconhecido e tem de pedir migalhas para que o
Estado olhe para ela como se ela não fosse ninguém.
Então, nós queremos falar bem alto, sim! Nós
queremos juntar quatro milhões de assinaturas para dizer ao Presidente Lula -
já que isso, agora, está nas mãos dele - que, se nós deixarmos de pagar parte
da dívida externa, nós poderemos reconhecer a força dessa mulher que ajudou a
construir este País!
Portanto, companheiro Lula, nós lhe respeitamos,
mas nós queremos que o senhor analise esse assunto com carinho e respeito,
porque, aqui, ninguém está pedindo migalhas; nós queremos um direito que é,
sim, da força de trabalho dessas mulheres. Nessa luta, nós encontramos,
juntamente com essas mulheres, a verdadeira exclusão daquelas que fizeram valer
a referência da construção deste País.
Portanto, Sr. Presidente, nós buscamos a
sensibilidade de todos os Partidos, no sentido de nos unirmos com a nossa
querida Luci Choinacki, que está à frente
dessa luta, no sentido de nós nos unirmos com a nossa Bancada gaúcha, com as
nossas Senadoras e Senadores, para dizer que eles não estão fazendo nenhum
favor para essas quatro milhões de mulheres! Pelo contrário, é um dever, é uma
obrigação com aquelas que nos pariram, com aquelas que cuidaram de nós, que
zelaram por nós, para que nós pudéssemos chegar até aqui! Nós estamos falando,
em especial, das mulheres mais empobrecidas, mais excluídas deste País! Vamos
olhar com respeito para esse Projeto. Não é de qualquer coisa que nós estamos
falando agora, Ver. Dedo; falo com orgulho, falo com convicção muito mais do
que com a razão aquilo que deve ser razão e coração. E reconheço como legal que
essas mulheres venham aqui dizer que mulheres organizadas jamais serão pisadas
e que, com homens de valor na sociedade democrática, nós todos podemos vencer e
fazer deste País um país muito melhor. Muito obrigada, Sr. Presidente.
(Palmas.)
(Não revisado pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (Aldacir Oliboni): Queremos registrar aqui a presença do Ver. Dedo,
do PT, de Viamão, acompanhado de seu assessor, Sr. Milton, e da comunidade.
Apregoamos a representação do Ver. Raul Carrion,
do PCdoB, que está representando a Casa na 2ª Conferência Nacional das Cidades,
em Brasília, do dia 28 de novembro ao dia 3 de dezembro de 2005.
O Ver. Professor Garcia está com a palavra para
discutir a Pauta. (Pausa.) Ausente. O Ver. João Carlos Nedel está com a palavra
para discutir a Pauta. (Pausa.) Desiste. O Ver. Ervino Besson está com a
palavra para discutir a Pauta. (Pausa.) Ausente. O Ver. Carlos Comassetto está
com a palavra para discutir a Pauta.
O SR. CARLOS
COMASSETTO: Sr.
Presidente, Ver. Aldacir Oliboni; colegas Vereadores, colegas Vereadoras,
público que nos assiste, quero aqui fazer referência a alguns Projetos. Eu
quero falar aqui para a base de sustentação política do Governo Fogaça, para
discutirmos coerência política quando somos oposição e quando somos situação,
sobre o Projeto que institui a contribuição para o custeio do serviço de
iluminação e dá outras providências. Este Projeto de Lei, Verª Margarete
Moraes, foi muitas vezes aqui apresentado pelos Prefeitos Raul Pont, Tarso
Genro e João Verle para ser discutido e aprovado por esta Casa. E a Bancada de
oposição na época fez inúmeras intervenções sectárias, sem discutir conteúdo,
sem analisar o propósito da Cidade, entre por quem hoje está coordenando a SMOV
e o Departamento de Iluminação Pública, Secretário Bosco, Ver. Cassiá.
Nós
temos que ter coerência, se um Projeto é bom para a Cidade, não é porque uma
Bancada é de oposição que tem que ser simplesmente contra o Projeto. E este
Projeto que traz a Taxa de Iluminação Pública, que discute mecanismos para
qualificar a iluminação pública da Cidade, tem que ser discutido com
profundidade para podermos qualificar a Cidade, Ver. Sebenelo. Portanto não dá
para uma Bancada, quando é oposição, levantar todos os questionamentos e
contrariedade sectária ao Projeto, como foi feito com a Administração Popular
com o Projeto da Taxa de Iluminação Pública.
O Executivo Municipal está apresentando o mesmo
Projeto que era de nossa autoria, o mesmo Projeto com os mesmos conteúdos. E,
no processo de campanha, o processo eleitoral, teceu críticas fantásticas à
política que queríamos implementar. Então, meus amigos e minhas amigas, nós
temos que ter coerência na construção da Cidade.
Dito isso, eu me refiro também a um outro
Projeto que está tramitando nesta Casa, que é o da mudança do índice IGP-M para
IPCA, que apresenta um aumento concreto do Imposto Territorial Urbano e da Taxa
de Lixo.
Acabei de receber um documento da Federasul,
assinado pelo Presidente Feijó, dizendo que não concorda com esse casuísmo,
Verª Neuza Canabarro, da política pública municipal. Verª Maristela Meneghetti,
nós não podemos, no momento, ter uma posição, porque somos oposição e, quando
nos tornamos situação, mudamos de posição sob o ponto de vista dos critérios
lógicos do conteúdo, da posição dos conceitos, da questão da sistemática de
postura pública. É isso que eu chamo atenção aqui.
Nós não poderemos votar este Projeto ou aprovar
este Projeto que muda a taxa do IGP-M, que sempre foi desfavorável para o
contribuinte; agora que ela é favorável ao contribuinte o Executivo Municipal
quer trocar a taxa e colocar a mais alta, o que vai dar um aumento real e
concreto de 3,9% sobre todos os impostos territoriais urbanos da cidade de
Porto Alegre e sobre a taxa de lixo. Parece pouco? Não! Não parece pouco. Se
quisermos discutir um Estado republicano, em que venhamos a valorizar as
relações entre o Município, o Estado e a União, nós, aqui no Município, temos
de fazer prevalecer a mesma lógica que perpassa toda a Nação: o Estado
brasileiro não suporta mais novos aumentos, sejam eles oportunistas ou
casuísticos, como é esse da mudança da taxa do IGP-M para o IPCA.
E falo também para o representante da Secretaria
Municipal da Fazenda, que está presente aqui no Plenário, Ver. João Bosco Vaz.
Portanto, se forem projetos bons para a Cidade, votaremos a favor; se forem
projetos casuísticos e na contramão, como está a troca do índice, Sr.
Presidente, votaremos contra.
Agora, com relação à Taxa da Iluminação Pública,
a atual situação sempre, desta tribuna, tripudiou a Administração Popular,
dizendo que esse Projeto era uma incoerência. Está aqui o Projeto apresentado
pelo Governo Fogaça. Nós temos que ter princípios e valores e estamos aqui para
defendê-los em todos os momentos. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Aldacir Oliboni): Encerrada a
discussão da Pauta.
O Ver. Carlos Todeschini está com a palavra para
uma Comunicação de Líder.
O SR. CARLOS TODESCHINI: Sr. Presidente,
Ver. Aldacir Oliboni, Srs. Vereadores e Sras Vereadoras, público
presente e assistência do Canal 16, antes, eu queria fazer um registro de que
nós, apoiados pela CECE mais a Bancada da Frente Popular, fizemos um seminário
sobre as ações integradas de Segurança Pública, na última sexta-feira, à tarde,
e felizmente contamos com mais de 90 pessoas, com autoridades como o nosso
Bispo Diocesano Dom Dadeus Grings, que passou aqui, Ver. Nedel, por quatro
horas, debatendo o assunto conosco; o Padre Roberto Paz, do Diálogo
Inter-religioso; a representação da Secretaria de Justiça e Segurança do
Governo do Estado, através do Capitão Franco; a Secretaria Municipal de Segurança,
através do Coronel Paulo; o Delegado Jerônimo; a Srª Dileta Simonetti,
representando o Conselho Municipal de Segurança; e ainda o Deputado Federal
Paulo Pimenta e o Deputado e ex-Vereador Estilac Xavier. Estavam presentes
também, a quem eu agradeço muito, a Verª Sofia, da Comissão, Verª Neuza
Canabarro e outros Vereadores.
Eu quero dizer que o Seminário foi muito
produtivo, cujo objetivo era discutir a Segurança Pública, e o Projeto que
estaremos apresentando na próxima semana, cujo objetivo é produzir críticas e
proposições. Esperamos que esta Casa se sensibilize com este Projeto, que ele
seja aprovado, porque, inclusive, nós já temos recursos na ordem de 200 mil
reais para a implantação das ações integradas nas áreas de Segurança tanto no
Plurianual bem como na LDO, e agora o Governo envia também para a Lei
Orçamentária anual. Portanto um reconhecimento da importância e da oportunidade
do Projeto.
Mas eu também queria falar sobre algumas
notícias. Na última quinta-feira, eu apresentei aqui um balanço que diz que a
Economia será a maior aliada de Lula em 2006, onde faz um comparativo e
demonstra que o crescimento econômico do Governo Lula é o melhor dos últimos sete Presidentes.
O crescimento
econômico do atual Governo é mais do que 50% superior ao crescimento do Governo
Fernando Henrique Cardoso em seu segundo mandato. Isso não é pouca coisa,
supera os Governos Figueiredo, Sarney, Collor, Itamar, Fernando Henrique I e
Fernando Henrique II.
Estou aqui também com
uma notícia da Fundação Getúlio Vargas, que diz, entre outras coisas, o
seguinte (Lê.): “Miséria tem o nível mais baixo no País desde 1992”. Diz mais
(Lê.): “Houve uma queda espetacular no índice de pobreza em 2004, movida pelo
aumento da ocupação, da redução da desigualdade de renda do trabalho e pelo
aumento das transferências focalizadas do Estado”. Afirma o economista Marcelo
Néri, coordenador do Centro de Políticas Sociais.
Agregado aos temas
das políticas de inclusão social: o Bolsa Escola, o Bolsa Família, o Fome Zero,
os programas da bolsa universitária e os mais diversos investimentos na área
social do Governo estão tirando milhões e milhões de pessoas da faixa de
miséria.
Para um País
riquíssimo como este, mas que tem desigualdades econômicas, sociais e regionais
agudas, nós estamos tendo resultados efetivos com as políticas econômicas e
sociais do Governo Lula.
É agora em que as
condições se apresentam melhoradas vamos poder avançar muito mais na direção da
distribuição de renda, da inclusão, da justiça social, da geração do emprego e
da renda nas políticas que vão garantir futuro e bem-estar para a grande
maioria do povo da sociedade brasileira.
Então, estamos aqui
muito tranqüilos e muito felizes, afirmando o futuro, a certeza da hegemonia e
do acerto dessas políticas que vão ao encontro do povo brasileiro, com
bem-estar, e do futuro promissor para o Brasil e para o nosso povo. Obrigado e
um abraço a todos.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE
(Elói Guimarães): A Verª Neuza Canabarro está com a
palavra para uma Comunicação de Líder.
A SRA. NEUZA
CANABARRO: Exmo
Sr. Vereador-Presidente, Elói Guimarães; Sras Vereadoras, Srs.
Vereadores, senhoras e senhores que nos acompanham neste tarde, venho a esta
tribuna para comunicar que ingressamos, no dia 23, com um pedido de Comissão
Parlamentar de Inquérito desta Câmara. O porquê dessa Comissão Parlamentar de
Inquérito é em relação ao grande número de licenças médicas que ocorrem no
Município de Porto Alegre.
Verª Maria Celeste, nós sabemos que as licenças
médicas são comuns no serviço público tanto estadual como municipal, e há
muitos anos se vem falando sobre isso em determinados setores.
Como Vereadores, nós todos temos uma
especialização em alguma área. A minha área é a da Educação, mas eu defendo que
o Vereador tem a obrigação de estar inteirado do que ocorre em todas as outras
Comissões, do que está ocorrendo na Casa.
Quando não posso comparecer - é impossível
comparecer a todas as reuniões de Comissões -, eu procuro saber o que ocorreu
em cada reunião. No dia 8 de novembro, na Comissão de Saúde, tivemos uma
reunião a respeito dos índices de licenças médicas. Ao ler os depoimentos de
diferentes representantes da Secretaria da Saúde, da Secretaria de Educação, da
FASC e de outros, eu fiquei deveras indignada por ver em que pé nós estamos. E
aquilo que foi colocado não foi contra o funcionário, como alguns estão
pensando - não tenho essa intenção -, mas no momento em que se diz que a
situação de licença médica é porque o funcionário público é mal preparado, eu não admito isso porque nós temos o
ingresso no serviço público por concurso, e quem fez um concurso passou por uma
universidade, está altamente preparado, participou de um concurso público no
qual milhares e milhares de pessoas se inscreveram e foi selecionado. Algo está
errado, mas não é falta de preparo do professor ou do funcionário. Então, há
vários depoimentos que nos levam ao seguinte: não se pode continuar discutindo,
nós temos que fazer valer a nossa função nesta Casa, que é a função
fiscalizadora, é irmos a fundo para ver aquilo que realmente está ocorrendo e o
que se pode levantar. Porque não é possível uma Administração conseguir
viabilizar, operacionalizar os seus projetos, estando constantemente
sobressaltada pelas licenças médicas que ocorrem em todos os setores.
Salientaríamos aqui que existe uma média entre
2% e 3% de licenças em várias Secretarias; a Secretaria do Meio Ambiente, a
SMOV e o DEMHAB têm um índice mais alto por terem acidentes do trabalho, e
ficam entre 11% e 15%; na Educação, 44%; e na Saúde, 22%. Ocorre algo que não
está bem e que deve ser então esclarecido. Nós já estamos com o Requerimento
apregoado, já para despacho do nosso Presidente, aguardando, então, que
imediatamente os Líderes indiquem os seus representantes, que se possa fazer
com que se tenha uma decisão de trabalho, no recesso. Baseada em que, Ver. Elói
Guimarães? Durante o recesso nós teríamos condições, porque cabe à Comissão
decidir se quer funcionar ou não; se nós tivermos aqueles Vereadores que ficam
na Representativa, nós teríamos condições de viabilizar e de dar um grande
andamento a essa Comissão enquanto não se tem Ordem do Dia, não se tem
trabalho. Ou seja, eu estou fazendo um apelo aqui aos nobres Vereadores para
que abracem essa bandeira de moralização e vamos então trabalhar durante o
recesso. Muito obrigada!
(Não revisado pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Ver. João Carlos Nedel está com a palavra para
uma Comunicação de Líder.
O SR. JOÃO
CARLOS NEDEL: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, hoje estive na reunião da
União Empresarial, como representante do Instituto Brasileiro de Executivos de
Finanças, e a Associação da Classe Média, a Aclame, apresentou uma pesquisa, um
trabalho de campo realizado em Porto Alegre e em todo o País sobre a carga
tributária que o País sofre - elevadíssima, meu caro Ver. Valdir Caetano,
elevadíssima! Mas essa pesquisa objetivou saber alguns detalhes do que a
população pensa em relação aos impostos e o que a população conhece
relativamente aos impostos. Uma das perguntas foi assim: “Quais são os impostos
municipais, estaduais e federais?” Houve um desconhecimento generalizado. A
população não conhece os impostos que paga e desconhece vários outros. Por
exemplo, 50% não conhece a origem dos impostos, ou seja, impostos federais,
estaduais, e municipais. Cinqüenta por cento, meu caro Zé Valdir, não sabe,
confunde, pensa que ICMS é municipal, que CPMF é estadual... Há uma confusão
generalizada.
O imposto mais lembrado que a população paga é o
IPTU. Dá para se entender, porque o IPTU está no dia-a-dia da população.
Um dos impostos mais elevados, a carga
tributária mais elevada é o ICMS, que não foi nem lembrado, porque ele vem
embutido, ele não vem claro. O ICMS não foi lembrado.
Foi lembrado, em primeiro lugar: IPTU; depois, a
CPMF, que é diário, na conta, e a contribuição ao INSS. Foram os três impostos
mais lembrados, se bem que, junto com o IPTU, vem também a taxa do lixo.
Parece-me que a população se envolve no dia-a-dia; é como se fosse aquele
carnê, aquela conta que as pessoas têm de pagar mês a mês, e disso elas se
lembram, mas do Imposto de Renda, que é descontado em seus salários, não se
recordam. O ICMS, que é pago em qualquer compra, não recordam. O IPVA é pouco
recordado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Elói Guimarães): Antes de dar a palavra ao próximo Vereador para
uma comunicação de Líder, nós queremos apregoar o Projeto de Lei do Executivo
nº 033/05, que cria os centros populares de compras no Município de Porto
Alegre e dá outras providências - Ofício nº 432, do Gabinete do Prefeito,
Processo nº 6.960/05, de 28 de novembro de 2005.
O Ver. Luiz Braz está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
O SR. LUIZ
BRAZ: Sr.
Presidente, Ver. Elói Guimarães, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras,
senhoras e senhores, hoje à tarde esteve presente aqui, em nosso Plenário, o
representante da Federação Gaúcha de Desportos Aquáticos para dizer sobre o que
está acontecendo nos esportes aquáticos em nosso Rio Grande do Sul e de algo
que eu acredito que deva merecer a atenção desta Câmara, que é aquilo que faz
com que várias áreas esportivas, inclusive a área dos esportes aquáticos,
possam sobreviver de uma maneira um pouco mais digna.
Ver. Adeli Sell, V. Exª que acompanha, há longo
tempo, comigo essa briga que é travada entre os bingos e o Governo Federal,
sabe muito bem que, no caso, por exemplo, dos esportes aquáticos, são os nossos
amigos do Megabingo que, há muito tempo, garantem uma certa arrecadação para
uma melhor sobrevivência a esse esporte. E, inclusive, a possibilidade de mais
jovens poderem praticar esses esportes patrocinados por alguém que, de forma
legal, tenta fazer com que essas áreas esportivas possam ser patrocinadas e
apoiadas por uma atividade que hoje tem dificuldade de sobreviver.
Ver. João Bosco Vaz, Secretário Municipal de
Esportes, eu imagino as dificuldades que tem V. Exª para lidar dentro dessa
área, para apoiar todas as crianças, todos os projetos, tudo aquilo que é
necessário fazer para que o esporte possa ser fortalecido. Ora, se nós
tivéssemos a atividade do jogo de bingo e de outros jogos sendo regularizadas,
sendo legalizadas, sendo tributadas de uma forma legal, nós poderíamos ter uma
grande arrecadação e um grande suporte para que essas atividades pudessem, de
uma forma correta e tranqüila, ser bem mais fortes do que são.
As federações estão quebrando e eles estão
pensando, simplesmente, em acabar com as fontes de recurso. Eu acho que cabe
muito bem a nós, Câmara de Vereadores, fazer realmente a nossa parte, Ver.
Sebastião Melo. Ver. Haroldo de Souza, V. Exª que também, eu sei, não é
contrário a que o jogo do bingo exista, é favorável inclusive, que possa haver
a legalização e uma boa tributação desse jogo, e quem sabe fazer com que essa
área, que é uma área que arrecada bastante, possa destinar uma parte do que
arrecada para sustentar essas atividades sociais, essas atividades esportivas
que muitas vezes estão completamente abandonadas e que merecem, realmente, uma
melhor atenção de todos nós. Apesar do mau trato que o Governo Federal dá para
os Bingos, assim mesmo os Bingos são responsáveis pelo financiamento de muitos
trabalhos que são feitos na área dos esportes; por exemplo, a dos esportes
aquáticos; cujos representantes hoje estiveram aqui presentes, é sustentada
pelos Bingos, são os meus amigos do Megabingo, através de uma boa arrecadação,
fazem com que a área dos esportes aquáticos possa sobreviver.
Então, quem sabe, Sr. Presidente, nós
pudéssemos, Ver. Adeli, V. Exª que tem me acompanhado também há bastante tempo
nisso, Ver. Haroldo, mandar uma correspondência para o Ministério responsável,
para a AGU, Verª Manuela, todos nós, assinando uma correspondência dizendo da
importância que isso teria para o nosso Município. E nós, como representantes
públicos, estaríamos, na verdade, cumprindo com o nosso papel, apoiando essas
atividades para que elas pudessem apoiar tantas outras atividades absolutamente
legais em nosso Município, a nossa Porto Alegre, e também pelos demais
Municípios no nosso Rio Grande do Sul.
Então, o apelo que eu faço para os meus colegas
Vereadores, é para que façamos uma correspondência, Ver. Adeli - V. Exª aqui
sugeriu isso para o Toninho Mariante hoje -, de apoio a essa atividade para que
ela pudesse ser legalizada, e, quem sabe, a Verª Manuela pudesse ser a nossa
intermediária para entregar esse documento da nossa Câmara Municipal, dos
Vereadores que assim o quisessem fazer. Eu acredito que todos iriam gostar de
fazer, dando apoio para a atividade do jogo de bingo para que ela possa
rapidamente ser legalizada e, assim, estabelecer um tributo que viesse a
favorecer os esportes e também as atividades sociais em todo o nosso Brasil.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Elói Guimarães): A Verª Manuela d’Ávila está com a palavra para
uma Comunicação de Líder.
A SRA. MANUELA
D’ÁVILA: Sr.
Presidente, Srs. Vereadores e Sras Vereadoras, quero, primeiramente,
Ver. Luiz Braz, dizer que o nosso Partido tem como tradição respeitar a
pluralidade de opiniões e, portanto, toda e qualquer indicação feita ao
Ministério dos Esportes, dirigido pelo Ministro Agnelo Queirós, do meu Partido,
será encaminhada com a maior convicção da necessidade que se possa fazer
possível, independente das divergências que tenhamos neste Plenário.
Queria
comentar com os senhores, com as senhoras, e com todos os que nos assistem,
que, nesse final de semana, tivemos a reunião do Diretório Estadual do nosso Partido,
PCdoB, para debater, depois do nosso vitorioso 11º Congresso - resultado de um
amplo processo de mobilização no nosso Estado, no Brasil inteiro - que marcou a
eleição de Aldo Rebello, como Presidente da Câmara, que marca um ciclo de
crescimento e de vitórias para os comunistas e para os progressistas em geral,
as perspectivas do nosso Estado para o próximo ano.
Sabemos
que existem diversas articulações no que diz respeito ao cenário estadual, mas
mantivemos a nossa opinião, fundamentalmente no que diz respeito ao caráter do
Governo Rigotto: para que veio ou para que não veio, porque veio para muito
pouco. As contradições dos partidos do nosso Estado com relação a entender a
necessidade de termos um projeto de desenvolvimento nacional, projeto que pressupunha
que este País, assim como o nosso Estado, deve, sim, se desenvolver de maneira
democrática, gerando empregos, acabando com essa dependência que nos
caracteriza.
Também
cabe destacar as contradições de um Governo que investe - e não é o jargão utilizado
pelos cartazes, mas que investe - na prática, nos poderosos, que não necessitam
de investimento público em nenhuma dimensão, porque tem capacidade de ter esses
recursos em detrimento do investimento do que é público. Como é mais evidente,
escrachada, e medíocre, em certa medida, a realidade imposta por este Governo à
nossa Universidade Estadual do Rio Grande do Sul, que se encontra, além dos
lugares em que foi fechada em Porto Alegre, para termos uma idéia, tendo aulas
no mesmo recinto que o Hospital Psiquiátrico São Pedro, demonstrando que esse
Governo está na contramão daquilo que nós acreditamos e daquilo que estamos
desenvolvendo em nível federal.
Para termos uma idéia, em diversas ocasiões,
nesta tribuna, debati a questão da Reforma Universitária, da ampliação da
universidade pública, de sua estrutura. Aqui, no Estado, por exemplo, nós
tivemos a parceria na Universidade Regional do Pampa, estamos debatendo, e o
Ministro Fernando Haddad vem a Ijuí debater a criação da Universidade Federal
do Norte, enquanto o Governador Rigotto corta aquilo que é público e desmantela
a educação pública do nosso Estado.
Mas, para além disso, debatemos a necessidade de
que os partidos que são preocupados, de fato, com a realidade do Rio Grande do
Sul, que querem alterar, de fato, essa realidade de não crescimento, enquanto o
País inteiro cresce, se comprometam em trabalhar conjuntamente para além dos
partidos de esquerda, ou os tradicionalmente visto como Partidos de esquerda, a
necessidade de ampliarmos, Ver. Todeschini, esse leque de alianças. Nós sabemos
que a esquerda deve, sim, ser um núcleo pensante desse processo, mas isso não
nos basta. Existem partidos com uma história de tradição democrática, de luta
pela democracia, de luta pela ampliação dos direitos que, na nossa opinião,
devem estar ao nosso lado construindo este Rio Grande que queremos e que
sabemos que é possível se concretizar.
Eu gostaria de falar aqui, com muito orgulho e
convicção, que não será uma tarefa fácil nós debatermos o projeto eleitoral
próprio, do nosso Partido, do crescimento partidário. E sabemos que, no próximo
período, os comunistas, em função de um acordo entre os grandes partidos deste
País, provavelmente, não possam mais ser caracterizados como um Partido igual
aos outros, porque se cria, a partir da não alteração da cláusula de barreira,
dois tipos de partidos em nosso País: os partidos dos 5%, que podem tudo, que
têm direito a tudo e os partidos dos menos de cinco. Pode ser 4,9%, 4,8%, mas
que não têm direito a mais nada. Nós sabemos da necessidade do Rio Grande do
Sul contribuir na ampliação da presença dos comunistas no cenário Federal e por
isso, com muito orgulho, recebi a tarefa de ser nossa candidata a Deputada
Federal, de lutar para que nós, no Rio Grande do Sul, possamos dar contribuição
para desmascarar essa farsa dos partidos dos 5% para cima, que pega o PSB, o
PTB, o PL e muitos outros partidos que podem deixar de existir, mesmo com suas
tradições de luta, com suas tradições de defesa da democracia.
Nós sempre dizemos que um dos parâmetros da vida
democrática brasileira foi avaliar a existência ou não do Partido Comunista.
Todos os momentos em que não existiu democracia, o Partido Comunista deixou de
existir. E nós, em pleno desenvolvimento democrático, estamos, mais uma vez, sobre
a mesma ameaça. É por isso que mais me engrandece, e mais me orgulho com a
tarefa na dimensão que me foi dada: lutar, sim, pelo desenvolvimento do nosso País, pelos direitos da juventude, mas apelar aos trabalhadores
do Rio Grande do Sul, à juventude gaúcha, para que façam com que o glorioso
Partido Comunista do Brasil, com os seus 83 anos de lutas, de mortes, de vida,
de conquistas, possa continuar existindo como um Partido da envergadura que é
maior, inclusive, nesta dimensão do que muitos aqueles que têm mais que 5% dos
votos no cenário Federal. Muito obrigada.
(Não revisado pela
oradora.)
O SR. PRESIDENTE
(Elói Guimarães): Havendo quórum, passamos à
A reunião de Mesa e
Lideranças, hoje pela manhã, deliberou a seguinte ordem de votação: em
primeiro, o PLCE nº 007/05; em segundo, o PLL nº 145/04 e, em terceiro,
PLCE nº 008/05.
Em votação a ordem dos Projetos acordada na
Reunião de Mesa e Liderança. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que a aprovam
permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADA.
Apregôo a Emenda nº 04 ao PLCE nº 007/05, que
institui o Programa Municipal de Apoio e Promoção do Esporte - Proesporte, de
autoria do Ver. Carlos Todeschini. (Lê.): “Acrescente-se parágrafo único ao
artigo 12, com o seguinte teor:
Parágrafo único - o valor global anual dos
incentivos de que trata o caput deste artigo, deverá ser aplicado com
base nos parâmetros que seguem:
a) para projetos com caráter educacional, de
capacitação e atividades recreativas e de lazer: 40% (quarenta por cento);
b) para projetos que visem à organização e
realização de eventos esportivos e de lazer: 30% (trinta por cento);
c) para projetos que busquem apoio a treinamento
e participação de atletas/equipes não profissionais que representam a cidade:
30% (tinta por cento)”.
Apregôo a Emenda nº 05 ao PLCE nº 007/05, que
institui o Programa Municipal de Apoio e Promoção do Esporte - Proesporte, de
autoria do Ver. Carlos Todeschini, (Lê.): “Suprima-se no artigo 2º a expressão:
'financiamento privado a ser beneficiado por'”.
O SR. MARIO FRAGA (Requerimento): Pediria que
fossem distribuídas as Emendas, por favor.
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Solicito à
Diretoria Legislativa que providencie as cópias.
Apregoadas as Emendas, passamos para discussão
geral e votação.
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: bancadas/05 minutos/sem
aparte)
PROC. N. 5615/05 - PROJETO DE LEI
COMPLEMENTAR DO EXECUTIVO N. 07/05, que institui o Programa Municipal de Apoio e Promoção do Esporte –
PROESPORTE, altera e revoga dispositivos da Lei Complementar n. 07, de 7 de
dezembro de 1973, alterada pela Lei Complementar n. 501, de 30 de dezembro de
2003, e dá outras providências.
Com Emendas nos. 01, 02 e 03. Com Subemenda n. 01 à Emenda n. 01.
Pareceres:
- da CCJ. Relator
Ver. Paulo Odone: pela inexistência de óbice de natureza jurídica ao Projeto e
à Emenda n. 01;
-
da CEFOR. Relator Ver. Professor Garcia: pela aprovação do Projeto, das
Emendas nos. 01, 02 e 03 e da Subemenda n. 01 à Emenda n. 01.
Observações:
-
para aprovação, voto favorável da maioria absoluta dos membros da CMPA – art.
82, § 1º, I, da LOM.
-
incluído na Ordem do Dia, por força do art. 81 da LOM, em 16-11-05.
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Em discussão o
PLCE nº 007/05. (Pausa.) O Ver. Adeli Sell
está com a palavra para discutir o PLCE nº 007/05.
O SR. ADELI SELL: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sras. Vereadoras, como Presidente da
Comissão de Educação, Cultura e Esportes, eu não posso deixar de falar sobre o
tema, até porque nós convidamos o nobre colega Vereador, hoje Secretário
Municipal de Esportes, para discutir o tema na Comissão de Educação, Cultura e
Esportes, composta por mim, que tenho a oportunidade de a presidir, pelo Ver.
Sebastião Melo, que é o seu vice-Presidente, pela Verª Neuza Canabarro, Verª
Sofia Cavedon, e a Verª Manuela d’Ávila. Nós travamos um debate, inclusive com
o André, que é servidor da Secretaria Municipal da Fazenda, que teve a grandeza
e a generosidade de vir discutir esse Projeto conosco, inclusive sob o ponto de
vista da sua constitucionalidade. A Fazenda teve esta preocupação, e eu quero
aqui elogiar a postura da preocupação com a legalidade, porque diferentemente
de outros projetos, como por exemplo, o Projeto que tratou da bimestralidade, é
um Projeto que tem inconstitucionalidades. Nós poderíamos inclusive entrar na
Justiça e arrumar o maior rolo, mas nós queremos colaborar com a Prefeitura, e
aqui houve a preocupação em respeitar a Lei de Responsabilidade Fiscal.
Então, por isso nós
vamos apoiar o Projeto, nós inclusive fizemos uma Emenda, e o Projeto coloca
que 10% do orçamento da Secretaria é o limite da Lei de Incentivo. Digamos, a
Secretaria tem 10 milhões de verba municipal, portanto a Lei de Incentivo vai
até um milhão de reais. Nós temos uma Emenda no sentido de que 6% desse quanto
é o máximo que cada instituição ou cada um dos jogadores, das pessoas que têm
atividade esportiva podem apresentar como projeto. Portanto, nós colocamos um
limitador que faz com que pequenos projetos possam disputar e que essa quantia
de dinheiro não seja abocanhada por uma quantia muito limitada de clubes e
instituições. O Secretário Bosco já aceitou esta proposta como uma proposta que
pode ser votada aqui, que o Governo vai aceitar e, portanto, nós queremos enfatizar
essa relação.
Eu queria, aqui, Ver. Mario Fraga, insistir,
porque eu comecei hoje os meus cinco minutos no período de Comunicações,
dialogando com várias Secretarias da Prefeitura de Porto Alegre. Eu iniciei com
o nosso Secretário Bosco pelo diálogo que nós estamos tendo com essa
Secretaria; inclusive eu apelava para o Secretário que cuidasse da questão das
escolinhas nos campos de futebol, que é uma coisa importantíssima. O Ver. Bosco
sabe disso, e se tem uma coisa que nós vamos cobrar de V. Exª, Ver. Bosco, é
exatamente o cuidado com a periferia da Cidade, com as escolinhas em cada campo
de futebol. Isto não é uma barganha, é simplesmente uma necessidade que nós
estamos vendo para a Cidade, inclusive para tirar essa garotada do ócio nocivo,
de ficar em cada esquina sem ter o que fazer, quando nós podemos ter a ocupação
desses espaços públicos para atividades de recreação, particularmente na
questão do futebol de várzea.
Portanto, estamos acompanhando o Projeto de Lei
apresentado pela Secretaria Municipal de Educação, e queremos dizer que o
primeiro elemento da sua constitucionalidade está garantido, diferentemente de
alguns outros projetos que vieram com um conjunto de equívocos, inclusive
legais, e a Prefeitura tem o dever de cuidar da questão legal. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Elói Guimarães): Registramos a presença do Secretário Municipal
de Esportes, Recreação e Lazer, Ver. João Bosco Vaz.
A Verª Sofia Cavedon
está com a palavra para discutir o PLCE nº 007/05.
A SRA. SOFIA CAVEDON:
Sr. Presidente, Ver. Elói Guimarães, Sras
Vereadoras, Srs. Vereadores, a nossa Bancada fez a última discussão hoje pela
manhã sobre este Projeto que pretende estimular o investimento em atividades e
políticas públicas para o esporte, e nós temos algumas preocupações. Apesar da
definição da Bancada de votarmos favoravelmente ao Projeto, fizemos duas
Emendas que achamos bastante apropriadas e que contribuem para a melhor
aplicação desses recursos. Mas queremos aqui frisar alguns elementos,
Secretário João Bosco, que acompanha os trabalhos, e aí há um pouco da minha
opinião pessoal no sentido de que - e é meritória essa vontade e essa luta do
Secretário João Bosco -, se há vontade política desse Governo de destinar mais
recursos ao esporte, isso poderia ser feito diretamente, numa forma mais
segura, através do fortalecimento do atual Fundo que existe na Secretaria para
o esporte, onde são recolhidas as taxas de uso do equipamento público, e
eventualmente que uma parte do imposto devido fosse colocado nesse Fundo. Tenho
uma opinião pessoal de que o melhor modelo seria este, Ver. Bosco, muito
semelhante ao Funcriança ou o Funproarte, onde o investimento público é
diretamente colocado num fundo e disponibilizado para diferentes projetos,
conforme edital, conforme critérios construídos com ampla representação da
sociedade.
Mas avançamos, por
opinião majoritária de nossa Bancada, em achar que esta política pública é bem
intencionada, e queremos apenas deixar muito claro que entendemos que este é um
recurso público que terá que ter, sim, o controle e a prioridade de aplicação
através de uma representação legítima dos envolvidos com as diferentes áreas do
esporte e do lazer da Cidade, e que obedeça a critérios construídos e
fiscalizados pela cidadania. Preocupamo-nos em recuperar a Lei do Conselho de
Esportes, Secretário Bosco, achamos que esse Conselho é bastante representativo
da sociedade na sua previsão de funcionamento. Temos que reconhecer que ele é
um Conselho que não conseguiu ter vida sistemática, orgânica; isso é uma
ausência importante, uma lacuna que nós temos que preencher, especialmente
agora quando terá esta Lei específica. Nós nos preocupamos fundamentalmente com
que o conjunto de projetos a serem beneficiados por este incentivo fiscal tenha
uma distribuição, Ver. Mario Fraga, equilibrada nas diferentes atividades que
compõem esporte e lazer nesta Cidade.
Então, estamos
propondo uma Emenda - e queremos dialogar com o Governo - que trabalha com uma
distribuição da seguinte forma: 40% para projetos com caráter educacional, de
capacitação e de atividades recreativas e de lazer, ou seja, aqueles projetos
que vão fazer a inclusão social através da área de esporte e lazer, garantir
pequenos projetos, ações descentralizadas às pequenas equipes, trabalhos de
oficina, aquele esporte e lazer que acontece na periferia e que vai fazer a
inclusão para quem tem pouca oportunidade de atividade físicas; 30% para
projetos que visem à organização e realização de eventos, como são os eventos
esportivos de culminância, de estímulos, de vivência, de confraternização - um
percentual para este tipo de evento, e 30% para projetos que busquem o apoio a
treinamento e participação de atletas, equipes não-profissionais que
representam a Cidade - o equilíbrio, também, na destinação de recursos para
apoio de atletas.
Nós sabemos da imensa
dificuldade dos atletas, mesmo dos clubes mais renomados de Porto Alegre, para
participarem de competições. É verdade, quantas vezes vemos mães de atletas e
amigos recolhendo ajuda para o atleta poder sair e participar de torneios? Eu
acho que, sim, para os nossos atletas amadores essa aposta tem que acontecer,
mas com uma parte desse recurso.
Parece-nos
muito interessante a incorporação desta Emenda, junto com o fortalecimento do
Conselho Municipal do Esporte, da sua representatividade. Eu acho que, dessa
forma, nós estaremos garantindo como público, de fato, este recurso que será
concedido na forma de isenção. Esperamos contribuir e que, de fato, a vontade,
com este Projeto, seja a de qualificar o esporte e lazer nesta Cidade. Muito
obrigada.
(Não revisado pela
oradora.)
O SR. PRESIDENTE
(Elói Guimarães): O Ver. Professor Garcia está com a palavra para discutir o PLCE nº 007/05.
O SR. PROFESSOR GARCIA: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras,
Srs. Vereadores, primeiramente, gostaríamos de saudar a iniciativa deste
Projeto, porque ele vem minimizar a situação do desporto em Porto Alegre. E por
que eu digo minimizar? Porque nós não podemos ter a pretensão de achar que um
Projeto em que o Executivo abre mão de determinado percentual do IPTU e ISSQN
possa contemplar a totalidade das necessidades que exige o desporto na nossa
Cidade. Mas ele vem - e muito - contribuir. Tivemos o cuidado de colocar uma
Emenda que prevê que essa redução proposta possa ser uma redução de 40% e
apenas um único imposto.
Também, quando fizemos
o Relatório, tivemos o cuidado, pois, como é uma matéria orçamentária,
financeira, de solicitar que o Gestor Público fizesse uma Declaração sobre o
impacto financeiro e orçamentário, como prevê a Lei de Responsabilidade Fiscal.
Tão logo o Secretário da Fazenda, o Sr. Cristiano Tatsch, soube, ele enviou à
Comissão de Economia, Finanças e Orçamento essa Declaração, que anexamos aos
autos do Processo do respectivo Projeto.
E uma das preocupações
que nós sempre temos - e lemos o Projeto - é o fato de que o Projeto não estava
claro no que se refere à destinação para os atletas. Então, incluímos uma
Emenda, a de nº 03, o Parágrafo 3, que diz (Lê.): “O plano de aplicação do
projeto esportivo deve prever 50% dos pertinentes recursos no fornecimento de
bolsa ou auxílio-atleta e/ou de pró-labore a técnicos e assistentes esportivos,
sendo que a respectiva prestação de contas deve ser feita até o último dia do
mês subseqüente ao da aplicação do recurso”. Ou seja, uma garantia de que 50%
dos recursos alocados para uma determinada instituição seja exclusivamente destinado para
o aporte dos atletas, e que a respectiva prestação de contas seja feita
imediatamente um mês após a data do evento, dentro do princípio da
transparência, mostrando que recebe o recurso, repassa aos atletas, elabora o
Projeto e, um mês depois, apresenta à sociedade onde e como foi gasto o
dinheiro.
Eu quero parabenizar o Ver. João Bosco Vaz,
porque entendo que esse Projeto vai ajudar, e muito, na construção, na
elaboração de políticas públicas desportivas e no fomento do incentivo a
atletas de nível, futuros atletas, escolinhas desportivas e os clubes em si.
Nós entendemos que esse tipo de iniciativa poderá, cada vez mais, alavancar o
desporto.
Durante toda a nossa vida, atuando dentro do
esporte, sempre falamos da necessidade de subsídios para o desporto, mas
sabemos, também, das restrições que são dadas, especificamente, na questão do
patrocínio de atletas. Ora, mais do que nunca, é provado e comprovado que as
grandes empresas querem colaborar e contribuir, mas elas sempre querem
construções sólidas, atletas já formados que dão resultado.
Então, esse Projeto pode ajudar na construção da formação de políticas públicas para a criação de incentivo a atletas que começaram ou estão começando a ter um destaque dentro da vida desportiva no nosso Município e no nosso Estado. Muito obrigado, Sr. Presidente.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Elói Guimarães): Encerrada a discussão. Em votação o PLCE nº
007/05. (Pausa.) O Ver. Sebastião Melo está com a palavra para encaminhar a
votação do PLCE nº 007/05.
O SR. SEBASTIÃO
MELO:
Sr. Presidente, Ver. Elói Guimarães, Sras Vereadoras, Srs.
Vereadores, Secretário e Ver. João Bosco Vaz, que se encontra aqui no Plenário,
nós queremos, em nome da nossa Bancada, dizer que também vamos votar
favoravelmente a esse Projeto, porque ele tem, no seu bojo, algumas questões
muito importantes. O esporte é uma forma de fazer cidadania; o esporte é uma
forma de resgatar pessoas, especialmente crianças, jovens que estão hoje nas
ruas da cidade de Porto Alegre, bem como centenas de jovens e adultos que
querem participar de um campeonato, de um torneio, e, no Poder Público, nós
sabemos que “o cobertor é sempre curto”.
O Projeto diz que eu posso abater do ISS ou do
IPTU, ao investir em um projeto, até 70% do investimento feito. Portanto o
empresário ou a pessoa física vai ter que aportar, Verª Sofia, o valor de 30%,
no mínimo. Essa é uma parceria que me parece muito importante.
Nós sabemos das dificuldades que tem a máquina
pública, inclusive tendo que antecipar IPTU, o que será feito novamente este
ano. Se não houvesse dificuldades, não teria que fazer isso; só vai fazer
antecipação, porque não tem como pagar o 13º salário e a folha ao mesmo tempo,
sem antecipar IPTU. Alguém há de dizer: “Mas, mesmo sendo o IPTU indispensável
para a cobertura das demandas da Cidade, você cria um Projeto em que você reduz
para quem investe?”
Porém, eu acho, nesse caso pontual, que o
Município ao incentivar a pessoa física ou jurídica a fazer esse investimento,
na verdade está ganhando, porque, em não fazendo isso, ou teria de aportar
recursos próprios agora, ou pior, amanhã ou depois, em outros programas.
Então, Ver. João Bosco, nós, que estivemos
debatendo esse Projeto na Comissão de Educação, onde V. Exª por duas vezes
compareceu, uma vez espontaneamente e a outra a convite da Comissão, achamos
que ele merece a aprovação deste Plenário. Também me dizia o assessor financeiro
da Secretaria qual é o orçamento da Secretaria dos Esportes - dez milhões de
reais; e qual é o valor que pode ser utilizado de incentivo - até um milhão de
reais.
Ora, existe uma Emenda do Ver. Adeli, cortando
6%; portanto seriam 600 mil; não sei se a Emenda vai ser aprovada ou não. Há
outro aspecto importante que há que se destacar: o valor de cada projeto não
pode exceder a 6% do valor total da verba, ou seja, se nós aprovarmos o valor
de um milhão, um projeto não pode exceder a 60 mil, Ver. Zé Valdir, porque,
senão, chegaria alguém com um megaprojeto, dizendo que iria pegar a Lei de
Incentivo, fazer um projeto e botar 800 mil dentro desse projeto, e seria um
único projeto. Então, acho que também há a inteligência do Projeto de
estabelecer um limitador, dizendo que o máximo permitido é um projeto de 60 mil
reais.
Portanto, eu volto a afirmar que me parece...
(Aparte anti-regimental fora do microfone.
Inaudível.)
O SR. SEBASTIÃO
MELO: Sim,
é dinheiro público, é dinheiro público, mas tem que haver Verª Sofia, e eu
quero trazer à baila um paradigma. Aprovou-se na Assembléia Legislativa uma Lei
de Responsabilidade Social, do então Deputado Zambiasi, que estabeleceu
exatamente para as entidades não-governamentais esse mesmo critério. O que eu
posso afirmar é que eu conheço várias cartas expedidas pela Secretaria do
Trabalho do Estado a entidades para captar o recurso, e essas entidades não
conseguem captar o recurso.
Então quer dizer que também vai depender muito
da capacidade de articulação da Secretaria, porque não basta ter a Lei.
Eu quero dizer que Lei parecida com esta, a da
Responsabilidade Social, há no Estado, e em muitas entidades existe hoje a
carta expedida pela Secretaria na qual as empresas teriam redução de 70% do
ICMS, mas teriam que aportar 30%, é o caso concreto aqui, e não se conseguiu
evoluir. Então eu quero dizer que eu acho que é uma maneira de nós
incentivarmos o resgate de cidadania.
Portanto nós queremos cumprimentar o Secretário
João Bosco Vaz e dizer que nós vamos também nos somar na aprovação deste
Projeto. Muito obrigado, Sr. Presidente.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Ver. Carlos
Comassetto está com a palavra para encaminhar a votação do PLCE nº 007/05.
O SR. CARLOS COMASSETTO: Sr.
Presidente, Ver. Elói Guimarães, colegas Vereadores e colegas Vereadoras,
público que a nós assiste, venho, em nome da nossa Bancada Municipal, para
dizer com muita tranqüilidade, como já me referi desta tribuna hoje, que quando
há Projetos que são coerentes para a cidade de Porto Alegre, eles merecem a
apreciação e inclusive o nosso voto. Isso poderá se concretizar, diferente do
que vinha acontecendo até há bem pouco tempo, no final do ano passado, como,
por exemplo, o Projeto que voltou a esta casa da Taxa de Iluminação Pública, em
que a Bancada de situação simplesmente sectarizava e tirava encaminhamentos
contrários.
A nossa Bancada consegue ver méritos no Projeto
que está aqui representado neste momento pelo Secretário de Esportes, João
Bosco, que propõe instituir em Porto Alegre o Programa Municipal de Apoio e
Promoção do Esporte e cria o Fundo Proesporte com o objetivo de estimular,
desenvolver e fomentar, através de uma articulação do Governo, a atividade
esportiva.
Não é preciso aqui nós justificarmos e
discutirmos a importância que tem a atividade do esporte, do lazer e da cultura
nas comunidades periféricas da cidade de Porto Alegre. Secretário João Bosco,
não precisamos discutir isso, mas nós temos que ter o compromisso e a garantia,
não só do Secretariado, mas do Governo, de que este é um Projeto que fará a
diferença na pluralidade da Cidade. E para isso o Projeto traz no seu art. 3º,
que (Lê.): “O Programa será conduzido nas instâncias pública e privada, por
intermédio da atuação dos seguintes órgãos e entidades”. O item B desse artigo
se refere ao Conselho Municipal de Esportes - CMD - como órgão deliberativo.
Ver. João Bosco, nós já assinamos alguns cheques
em branco aqui no que diz respeito à participação popular, e não está havendo o
retorno efetivo, principalmente em relação à aplicar os critérios do Orçamento
Participativo na distribuição de renda.
Quando o seu Projeto vem aqui, dizendo que a
gestão será do Conselho Municipal de Esportes, nós concordamos, mas que a
democracia participativa seja realmente aplicada e efetivada. Portanto a nossa
Bancada, aqui da tribuna, quer deixar registrado isso, porque, para nós, essa é
uma condição: que a sociedade participe da elaboração e da destinação dos
recursos públicos. E para isso estamos apresentando uma Emenda ao art. 2º para
suprimir do texto uma expressão que diz “mediante financiamento privado”, Ver.
João Antonio Dib; essa expressão está equivocada, isso não é um financiamento
privado, porque é nada mais do que incentivo fiscal para se aplicar no tema
esporte.
Portanto, se é incentivo fiscal, vai ser
deduzido dos impostos, que são obrigação e por lei têm de ser repassados aos
cofres públicos. Então, temos uma Emenda para qualificar o Projeto e não
contrabandearmos questões conceituais que não são corretas. Se essa é a
intenção da base do Governo, Ver. Sebenelo, mediante financiamento privado,
dizendo que vai incentivar o esporte, não é verdadeiro como está no Projeto.
Então uma das nossas emendas, bem como apresentamos outra emenda, que distribui
proporcionalmente entre a parte de educação e lazer, entre a parte esportiva e
entre a parte de eventos, está para analisarmos, para debatermos.
Portanto a Bancada do Partido dos Trabalhadores
vem aqui a esta tribuna afirmar o compromisso com a cidade de Porto Alegre, e
seremos fiscais rígidos da aplicação deste Projeto na sua efetivação, para que
não haja nenhuma possibilidade, Sr. Presidente, de contrabando de tributos que
não sejam destinados ao Fundo, ao apoio e à promoção do esporte, principalmente
ao esporte amador em Porto Alegre.
No mesmo sentido, apoiamos a Emenda do Ver.
Professor Garcia, que inclui o atleta também como beneficiário e não só os
clubes, que poderiam, por sua vez, fazer com que esse recurso pudesse não ser
aplicado no benefício direto ao atleta. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Em votação
nominal, solicitada por esta Presidência, o PLCE nº 007/05. (Pausa.) (Após a
apuração nominal.) APROVADO por 29
votos SIM.
Em votação nominal, solicitada por esta Presidência,
a Emenda nº 01 ao PLCE nº 007/05. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADA por 28 votos SIM.
O SR. IBSEN
PINHEIRO: Mais
um voto, Sr. Presidente. Estou brigando com o painel e perdendo, Sr.
Presidente.
Em votação a Subemenda nº 01 à Emenda nº 01, de
autoria do Ver. Professor Garcia, ao PLCE nº 007/05. (Pausa.) Os Srs.
Vereadores que a aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADA.
Em votação nominal,
solicitada por esta Presidência, a Emenda nº 04, de autoria do Ver. Carlos
Todeschini e outros, ao PLCE nº 007/05. (Pausa.) (Após a apuração nominal.)
REJEITADA por
09 votos SIM e 17 votos NÃO.
Em votação a Emenda nº 05 ao PLCE nº 007/05, de
autoria do Ver. Carlos Todeschini e outros. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que a
aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADA.
O SR. MÁRCIO BINS ELY (Requerimento): Sr. Presidente,
por força do art. 120, § 1º, do Regimento, eu gostaria de protocolar junto à
Presidência da Casa, em função de não ter logrado êxito no protocolo junto à
CEFOR e junto à Diretoria Legislativa, uma emenda ao Orçamento, o que o faço no
presente momento.
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Ver. Márcio
Bins Ely, nós já estamos com os prazos vencidos para receber emenda ao Orçamento.
Por isso indefiro sua solicitação, mas V. Exª tem o pleno direito de recorrer à
Comissão de Constituição e Justiça.
O SR. MÁRCIO BINS ELY: Eu só gostaria
de fazer menção aqui ao art. 120, § 1º, que diz: “Após a aprovação de parecer
na Comissão de Economia, Finanças e Orçamento e do Mercosul, e durante a Ordem
do Dia, não serão admitidas emendas”. Constatando que o Parecer ainda não foi
aprovado e o Projeto não consta na Ordem do Dia, eu entendo que,
regimentalmente, ainda está no prazo para a apresentação da presente Emenda,
por isso submeto à apreciação de Vossa Excelência.
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Eu reitero,
Ver. Márcio Bins Ely, a decisão do indeferimento por interpretação que se vem
dando nesta Casa já há algum tempo, que entende que a matéria é extemporânea.
Peço vênia a V. Exª, mas V. Exª pode recorrer à Comissão de Constituição e
Justiça da decisão da Presidência. Pediria que fizesse isso por escrito, na
forma do Regimento.
Nós havíamos deliberado que colocaríamos, nesta
tarde, na ordem de votação, o PLCE nº 008/05 sobre a criação do Tribunal
Administrativo do Contencioso Tributário do Município de Porto Alegre - TACT -,
todavia as Lideranças solicitam a sua retirada, e incluem os PLE nº 013/04 e o
PLE nº 014/05. Portanto, em votação o Requerimento de autoria da Mesa Diretora
que altera a ordem de votação dos Projetos. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o
aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
(encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC. N. 3411/04 - PROJETO DE LEI DO
LEGISLATIVO N. 145/04, de autoria do
Ver. Elias Vidal, que institui, no Município de Porto Alegre, o Dia da
Liberdade Tributária, a ser comemorado, anualmente, no dia 25 de maio, e
estabelece a adesão como forma de participação e de organização do evento.
Pareceres:
- da CCJ. Relator
Ver. Nereu D'Avila: pela inexistência de óbice de natureza jurídica ao Projeto;
- da CECE. Relator
Ver. Adeli Sell: pela rejeição do Projeto.
Observação:
-
incluído na Ordem do Dia em 08-09-05.
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Em votação o
PLL nº 145/04. (Pausa.) O Ver. Adeli Sell está com a palavra para encaminhar a
votação do PLL nº 145/04.
O SR. ADELI SELL: Sr. Presidente,
colegas Vereadores e Vereadoras, eu já havia sugerido ao Ver. Vidal que modificasse
o Projeto e fizesse um Projeto de um dia ao combate à sonegação, enfim, fizesse
um trabalho no sentido da legalidade e para que as empresas se coloquem na
legalidade.
É evidente que a discussão das alíquotas
tributárias são fundamentais, por exemplo, Ver. Vidal, o Governo do Estado
aumentou a alíquota sobre a gasolina e o álcool e, no entanto, nesse item o
Governo do Estado não conseguiu arrecadar mais, porque aumentou a sonegação e
aumentou, e muito, os casos, inclusive, de adulteração de combustível: dois
postos de gasolina, em Porto Alegre, foram fechados recentemente, Ver.
Brasinha.
Portanto, o Projeto tem de ir pelo positivo, não
no sentido que V. Exª, Ver. Vidal, colocou, porque, dessa maneira, pode até ter
uma leitura negativa, que, evidentemente, V. Exª não quer, no sentido de que o
sujeito pudesse fazer um processo de rebeldia para não pagar o tributo, etc. e
tal. Nós entendemos um ato público de rebeldia, porque, afinal de contas, é
exatamente a rebeldia, a indignação, que constroem a civilização, colocando-se
contra as mazelas que muitas vezes os Governos nos colocam: Tiradentes e seus
companheiros se rebelaram exatamente contra a centralização do Governo
Português.
Então, nesse sentido, evidentemente, nós vamos
ser solidários, e V. Exª sabe - várias vezes discutimos com V. Exª - que nós
achamos que a questão da carga tributária no Brasil tem de ser discutida,
afinal de contas nós não somos a Finlândia e nem a Islândia, porque lá, que são
países de primeiríssimo mundo, as pessoas podem pegar 50% dos seus ganhos em
impostos, porque a educação é pública, a saúde é publica. Existe a Previdência
Social garantida. No Brasil, não; muito pelo contrário, todos os aumentos de
alíquotas no Brasil, no Estado, seja onde for, sempre nos trouxeram esses
graves problemas.
Então, nesse sentido, nós somos contra o Projeto
de Lei e votaremos contra ele. Nós sempre estaremos na linha de frente para
debater esse tema. Há um Projeto agora, que está em discussão nesta Casa sobre
a mudança do IGP-M para o IPCA, que para nós não é uma simples mudança de
alíquota; é, concretamente, um aumento de 3,9% do IPTU para o ano que vem.
Isto, sim, é o debate real, isto é o debate concreto.
Aqui eu teci um conjunto de críticas ao
Secretário Estadual da Fazenda, que deveria seguir o exemplo do seu colega de
Santa Catarina, em que a fiscalização do ICMS está na linha de frente no
combate a todos os tipos de ilícitos, colocando-se junto com a Polícia Civil,
com a Polícia Federal para combater a sonegação, a pirataria e o contrabando.
Nesse sentido, nós vamos apelar para que possamos derrotar o Projeto, e
convencer o Ver. Elias Vidal para que, no ano que vem, apresente um Projeto
para que nós tenhamos um dia para lembrar, como é agora, Ver. Brasinha, dia 03
de dezembro - lembro a V. Exª, sábado - o Dia Nacional de Combate à Pirataria.
Como cai no final de semana, no dia 06, terça-feira, em Brasília, haverá uma
grande mobilização de combate à pirataria, na porta do Congresso Nacional,
enfim, fazendo uma mobilização para mostrar que nós não compactuamos com as
ilicitudes.
Esta é a nossa posição, nós vamos trabalhar no
sentido de fazer com que haja uma discussão sobre a justiça tributária neste
País, que não haja ilícitos, que os tributos não sejam escorchantes e atinjam a
classe trabalhadora já tão explorada. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Ver. Elias
Vidal solicita adiamento da votação por cinco Sessões do PLL nº 145/04.
Em votação o Requerimento, de autoria do Ver.
Elias Vidal, solicitando o adiamento da votação do PLL nº 145/04 por cinco
Sessões. O Ver. Elias Vidal está com a palavra para encaminhar a votação do
Requerimento de sua autoria.
O SR. ELIAS VIDAL: Sr. Presidente,
Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, primeiro eu quero agradecer ao
Ver. Adeli Sell pelas palavras, elas fazem sentido. E nós estamos, Ver. Adeli,
indo na direção do que o senhor mesmo havia conversado comigo e outros
Vereadores também. Nós estamos pedindo adiamento, então, por cinco Sessões
deste nosso Projeto, a fim de que possamos amadurecê-lo mais, na discussão,
juntamente com os Vereadores e os segmentos da sociedade que têm interesse
neste Projeto.
Este Vereador entende que os tributos em nosso
País são elevados e que precisamos demonstrar a nossa indignação, mas uma
indignação com a razão, que venha somar no crescimento da luta contra o abuso
de aumento de impostos, o que torna inviável a vida dos nossos munícipes, dos
cidadãos.
Então, entendo que é necessária uma discussão
mais ampla, e vamos trabalhar melhor o Projeto.
Por isso eu peço, Sr. Presidente, o adiamento da
votação cinco Sessões, para que possamos amadurecer um pouco mais este Projeto.
Venho a esta tribuna para deixar aqui a nossa
palavra, a nossa fala de indignação pelo abuso no aumento dos impostos.
Precisamos nos somar, dar as mãos para que tenhamos mais força nessa luta
contra tudo aquilo que inviabilize o crescimento econômico e que empobrece a
sociedade.
Fica o meu agradecimento aos Vereadores pelas
orientações recebidas, pelos conselhos recebidos, e por tudo que nos passaram
sobre como entrar com o Projeto de forma a que ele venha a somar e não dar uma
conotação equivocada, como a liberdade tributária no sentido de ser contra o
crescimento econômico, no sentido de a pessoa fazer a sua rebeldia não pagando
seus impostos, porque os impostos têm de ser pagos, mas entendemos que tem de
haver um equilíbrio, E o nosso Projeto é no sentido de somar, juntamente com a
sociedade, nessa indignação contra tudo aquilo que, de fato, depõe contra o
cidadão.
O nosso agradecimento, Sr. Presidente, aos
demais Vereadores, solicitando o adiamento da votação por cinco Sessões.
Obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Ver. Claudio Sebenelo está com a palavra para
encaminhar a votação do Requerimento de adiamento da votação do PLL nº 145/04
por cinco Sessões.
O SR. CLAUDIO
SEBENELO: Sr.
Presidente, Srs. Vereadores, eu acho que talvez essa matéria, Ver. Elias Vidal,
tem, na sua expressão “liberdade tributária”, o enfrentamento de um paradoxo
muito grande que o Estado representa como tal. Nós não gozamos dessa liberdade.
Para dizermos que somos livres de tributos, só com a desobediência civil. E a
desobediência civil é um processo social de anomia, de ilegalidade e de
não-aceitação do Estado.
Portanto, nos parece que a revisão deste
Projeto, proporcionada por essas cinco Sessões que se anteporão à apresentação
novamente deste Projeto, quem sabe, saiam de uma questão que se chama Estado e
violência de Estado. O imposto é uma questão de Estado a ser debatida e quando
ele exagera e extrapola a capacidade da sociedade em encarar o imposto como um
gravame, como algo de insuportável. Ele passa, o Estado, a ter de revisar essa
questão do imposto. O dia da liberdade do imposto, na verdade, é um sonho, é
uma ficção - o imposto em si, como palavra, no léxico, significa imposição.
Portanto, toda imposição é o antípodo à ótica da
liberdade. A liberdade de imposto, o dia da liberdade de imposto, como um
protesto ao excesso de impostos, numa sociedade que realmente já ultrapassou
muito além dos seus limites e a sua capacidade de pagamento de impostos é um
sonho; o que nós temos é a obesidade de um Estado incompetente e impotente na
realização especialmente das suas necessidades de segurança, de educação, de
saúde, que faz com que essa transferência para daqui a cinco Sessões nos faça
meditar um pouco sobre essa questão do imposto, da presença do Estado, e principalmente da reação do imposto pelos atores sociais: burguesia
e proletariado, ambos coniventes com o Estado na manutenção do contrato social.
Por isso, Ver. Elias
Vidal, quem sabe uma revisão nestes conceitos, especialmente nas questões do
Estado, especialmente na reação ao Estado dos dois atores sociais: burguesia e
proletariado, faça com que, no mínimo, esses dois atores, Estado e classes
sociais, nos mostrem uma outra forma de reação aos problemas dos impostos que
nós viveremos agora nesta Casa, inclusive com encaminhamentos de novos índices
e aumento de impostos.
Nós vemos que a
sociedade Porto Alegre não tem mais condições de ser onerada com gravames
insuportáveis como o aumento de impostos.
Por isso, esse dia
passa a ser importante, desde que não seja o da liberdade de impostos, porque o
imposto é uma imposição antípoda da ótica, absolutamente contrária a um
processo de liberdade; nesse dia, talvez nós não paguemos impostos, mas no dia
seguinte, no dia da realidade, deixa-se o sonho para se viver o duro castigo
estatal num gravame insuportável muitas vezes para a sociedade.
De todas as formas, a
sociedade deve protestar.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE
(Elói Guimarães): O Ver. João Antonio Dib está com
a palavra para encaminhar a votação do Requerimento de autoria do Ver. Elias
Vidal que solicita o adiamento da votação do PLL nº 145/04 por cinco
Sessões.
O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Sr. Presidente,
Sras e Srs. Vereadores, eu acho um absurdo encaminhar um
Requerimento de adiamento. No entanto, conversando com o Ver. Elias Vidal e com
o Ver. Adeli Sell, eu vi que o problema todo reside na redação. Na realidade, o
Vereador quer Dia da Educação Tributária, não é Liberdade Tributária. Liberdade
dá a impressão de que pode tributar quando quiser, e não é o que se quer. O que
ele quer é que o povo seja educado a pedir nota, exigir, acompanhar, saber o
que está acontecendo. Eu acho que nós podemos votar, sim, e fazer com que na
Redação Final seja substituída a palavra “liberdade” por “educação”. É isso o
que deseja, realmente, o Ver. Elias Vidal. Muito inteligente a sua idéia! Saúde
e PAZ!
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Em votação o
Requerimento de autoria do Ver. Elias Vidal, que solicita o adiamento da
votação do PLL nº 145/04 por cinco Sessões. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o
aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: bancadas/05 minutos/sem
aparte)
PROC.
N. 2369/04 - PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO N. 013/04, que altera
parte do art. 1º da Lei n. 7.265, de 17 de junho de 1993, e dá outras
providências. (descrição/imóvel)
Pareceres:
- da CCJ. Relator
Ver. Paulo Odone: pela inexistência de óbice de natureza jurídica ao Projeto;
- da CEFOR. Relator
Ver. João Antonio Dib: pela aprovação do Projeto;
- da CUTHAB.
Relator Ver. Alceu Brasinha: pela aprovação do Projeto.
Observação:
- incluído na Ordem do Dia em 28-11-05.
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Em discussão o
PLE nº 013/04. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os
Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: bancadas/05 minutos/sem
aparte)
PROC.
N. 5186/05 - PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO N. 014/05, que autoriza a desafetação e alienação
do imóvel da Rua João Alfredo, n. 659.
Pareceres:
- da CCJ. Relator
Ver. Ibsen Pinheiro: pela inexistência de óbice de natureza jurídica ao
Projeto;
- da CEFOR. Relator
Ver. João Antonio Dib: pela aprovação do Projeto;
- da CUTHAB.
Relator Ver. Elias Vidal: pela aprovação do Projeto.
Observações:
-
para aprovação, voto favorável da maioria absoluta dos membros da CMPA – art.
82, § 1º, VIII, da LOM;
- incluído na Ordem do Dia
em 28-11-05.
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Em discussão o
PLE nº 014/05. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação nominal, solicitada por esta Presidência, o PLE nº 014/05. (Pausa.)
(Após a apuração nominal.) APROVADO por 21 votos SIM.
Nada mais havendo a
tratar, estão encerrados os trabalhos da presente Sessão.
(Encerra-se a Sessão
às 18h23min.)
* * * * *